Tem sido notícia nos últimos dias uma aposta do Governo na qualificação dos portugueses... Segundo as notícias pretende-se investir não só no processo de certificação de competências (que dará equivalência ao 12º ano a uma quantidade significativa da população) como também no aumento do número de cursos profissionais...
Para quem não conhece a realidade do ensino português de perto levantar-se-á e baterá palmas incondicionalmente... No entanto, penso que é preciso parar e pensar... Reflectir sobre a forma como todas estas medidas vão ser implementadas...
A questão que me preocupa seriamente tem a ver com os cursos profissionais. Neste momento o país já tem em funcionamento uma série deste cursos... Se os cursos que pretendem implementar é para funcionarem no regime dos actuais, digo já que estou em completo desacordo. Neste momento, os cursos profissionais são salas com o número mínimo de alunos suficiente para justificar o curso aberto, todos desinteressados, onde os professores são "alertados" para escolher um programa o mais acessível possível e para não chumbar nenhum aluno, sobre risco do curso fechar. Não é por acaso que os casos de violência se repetem por todo o país e ficamos cada vez mais impressionados com as histórias que nos contam sobre as atitudes do alunos face aos professores...
Se o objectivo desta medida é apenas bater estatísticas internacionais relativas ao nível de escolaridade médio, basta colocar uma funcionária numa secretaria, com um computador, uma impressora e papel e começar a imprimir diplomas a todos que o solicitem... Poupava-se dinheiro e o objectivo era cumprido. Se por outro lado a política de rigor, que o governo anuncia na área financeira for para levar a sério em todas as áreas, então apliquem-na no ensino. Valorizem aqueles que trabalham seriamente para obter estes cursos e penalizem aqueles que vão para lá "desfilar" armas brancas ou "musculos" (inversamente proporcionais à capacidade de raciocínio) numa tentativa de conseguirem o valor social que doutra forma não conseguiriam... Escolham bons professores (e não os da "cunha") capazes de ensinar e avaliar com competência e dê-lhes todo o suporte necessário (não só financeiro mas também legal) para que possam desenvolver o seu trabalho de forma eficiente e com autoridade.
Reparem, se um curso não distingue os bons dos maus alunos, como poderá o empregador valorizar o curso? Se a prespectiva da qualificação é de facto combater o problema de emprego, como poderá o empregador saber qual o aluno que melhor se encaixa no prefil que ele procura se todos passam e todos são tornados iguais? A uniformização NUNCA favoreceu a competência...
Defendo e sempre defendi, uma política de rigor no ensino. Só assim a sociedade pode ficar com os melhores, em vez de favorecer os marginais, os pobres coitados e os violentos, ... Se assim for, talvez o Ricardo Araújo Pereira, na sua crónica semanal da revista visão, não precisará defender mais que a melhor solução para o ensino é contratar professores ciganos, porque esses já estão habituados a ser nómadas e a eles ninguém lhes bate...
Para quem não conhece a realidade do ensino português de perto levantar-se-á e baterá palmas incondicionalmente... No entanto, penso que é preciso parar e pensar... Reflectir sobre a forma como todas estas medidas vão ser implementadas...
A questão que me preocupa seriamente tem a ver com os cursos profissionais. Neste momento o país já tem em funcionamento uma série deste cursos... Se os cursos que pretendem implementar é para funcionarem no regime dos actuais, digo já que estou em completo desacordo. Neste momento, os cursos profissionais são salas com o número mínimo de alunos suficiente para justificar o curso aberto, todos desinteressados, onde os professores são "alertados" para escolher um programa o mais acessível possível e para não chumbar nenhum aluno, sobre risco do curso fechar. Não é por acaso que os casos de violência se repetem por todo o país e ficamos cada vez mais impressionados com as histórias que nos contam sobre as atitudes do alunos face aos professores...
Se o objectivo desta medida é apenas bater estatísticas internacionais relativas ao nível de escolaridade médio, basta colocar uma funcionária numa secretaria, com um computador, uma impressora e papel e começar a imprimir diplomas a todos que o solicitem... Poupava-se dinheiro e o objectivo era cumprido. Se por outro lado a política de rigor, que o governo anuncia na área financeira for para levar a sério em todas as áreas, então apliquem-na no ensino. Valorizem aqueles que trabalham seriamente para obter estes cursos e penalizem aqueles que vão para lá "desfilar" armas brancas ou "musculos" (inversamente proporcionais à capacidade de raciocínio) numa tentativa de conseguirem o valor social que doutra forma não conseguiriam... Escolham bons professores (e não os da "cunha") capazes de ensinar e avaliar com competência e dê-lhes todo o suporte necessário (não só financeiro mas também legal) para que possam desenvolver o seu trabalho de forma eficiente e com autoridade.
Reparem, se um curso não distingue os bons dos maus alunos, como poderá o empregador valorizar o curso? Se a prespectiva da qualificação é de facto combater o problema de emprego, como poderá o empregador saber qual o aluno que melhor se encaixa no prefil que ele procura se todos passam e todos são tornados iguais? A uniformização NUNCA favoreceu a competência...
Defendo e sempre defendi, uma política de rigor no ensino. Só assim a sociedade pode ficar com os melhores, em vez de favorecer os marginais, os pobres coitados e os violentos, ... Se assim for, talvez o Ricardo Araújo Pereira, na sua crónica semanal da revista visão, não precisará defender mais que a melhor solução para o ensino é contratar professores ciganos, porque esses já estão habituados a ser nómadas e a eles ninguém lhes bate...
1 comentário:
Plenamente de acordo.
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