16 junho 2007

Quando um golpe de estado é feito pelo presidente eleito...

A situação na Palestina está incomportável. Ontem o presidented Abbas (da Fatah) dissolveu o governo democraticamente eleito pelo povo plastiniano (do Hamas, que não reconhece nem negoceia com o estado de Israel) criando uma onda de protesto pelos apoiantes do Hamas. A guerra civil só interessa aos Americanos e Israelitas, que querem mostrar ao mundo que os Árabes não se entendem e que não são capazes de se auto-governar. Mas a situação está assim porque:


1 - O estúpido apoio dos EUA ao Estado de Israel. Desde que foi criado, em 1947, Israel com o apoio dos EUA conquistou terreno à Síria, à Jordânia, ao Líbano e ao Egipto. Mas esqueceu-se de eliminar todos os Árabes que lá viviam. Como resultado criaram-se ops problemas na faixa de Gaza e na Cis-Jordânia. Enquanto que países como o Irão e a Coreia do Norte são perseguidos por insistir em desenvolver tecnologia nuclear, a Israel é permitida o desenvolvimentos destas estruturas. Oficial é o facto de Israel nunca ter afirmado não ter tecnologia de armamento nuclear, mesmo quando confrontados com essa pergunta na Assembleia das Nações Unidas.
2 - O irónico apoio às facções que nos interessam. Todos queriam que a Palestina tivesse um governo democraticamente eleito. O problema foi que quando os Palestinos foram às urnas, votaram no partido errado. Votaram no partido (Hamas) cujos líderes se vestem à Árabe, que não se vergam ao poder Ocidental e que lutam por uma Palestina livre e orgulhosa de si própria. Deviam ter votado na Fatah, o partido mais diplomático mas também o mais corrupto. É que crê-se que grande parte dos apoios que eram dados à Palestina antes da eleição do Hamas iam para os bolsos dos mesmos dirigentes que era apelidados de diplomáticos, moderados e amigos do Oestes (leia-se Abbas e seus copinchas).

3 – A bola de neve de ódio. Quando os países do Ocidente tentam mandar nas políticas Árabes, estes sentem-se indignados. Quando esta indignação significa que o Ocidente lhes corta todos os fundos e a subsequente precaridade, criam-se ódios e extremismos que vão tentar atingir esses mesmos organismos. E a situação repete-se, repete-se até que se cria uma bola tão grande e com tanta velocidade que se torna imparável. Espermos que esta bola, quando bater no fundo não crie uma terceira guerra mundial. Porque se isso acontecer, estamos todos f******!

3 comentários:

Francisco Rodrigues disse...

Parece-me que os americanos, desde a derrota no Vietnam, têm perdido mais guerras do que as que têm ganho. A 1ª incursão no Iraque até nem correu mal, mas as missões Afganistão e 2ª vez Iraque foram dois falhanços. Claro que na 2ª guerra mundial rebentaram com os japas porque usaram a bomba atómica. Talvez se preparem agora para atacar o Irão, por causa das armas nucleares, pretexto usado no Iraque. Não deixa de ser irónico, já que foram os únicos a usar a bomba atómica.
Ao fim e ao cabo, o perfume do petróleo é que move estes conflitos. A coreia do norte tem armamento nuclear e os EUA lá não metem bedelho.
Na questão entre Israel e Palestina, há imensas coisas desconcertantes, que podem, tal como o Ricardo diz, fazer um efeito bola de neve desvastador. Talvez tenha começado tudo mal, na altura em que os inglese saíram de lá.

koolricky disse...

FR, creio que a génese e o alimento deste ódio entre médio oriente-ocidente está na questão da Palestina-Israel. Se este conflito fosse sanado, muitas das tensões que agora existem iriam desaparecer.

Francisco Rodrigues disse...

Concordo, em parte. Seria muito bom ter este conflito acalmado, mas há outros. Não querendo incendiar demasiado os ânimos, nem tirar partido por ninguém, as questões religiosas acho que também têm um peso grande, no geral dos conflitos.