Fundo do Poço

O Sporting de Braga, sem surpresa para mim, levou com uma pesada derrota contra uma equipa que ainda não tinha ganho neste campeonato. Desde a saída do prof. Jesualdo, já passaram pelo comando técnico vários treinadores, a saber, Carvalhal, Rogério Gonçalves, Jorge Costa e António Caldas. Quanto a este último, no jogo de hoje, em vez de jogar num aberto 4-4-2, deveria ter desenhado um 4-3-3 de puro contra-ataque, com Linz na frente, na ala esquerda Zé Manel, na direita Hussaine e a pivot o Jorginho. Pecou por ter sido demasiado guloso e este jogo terá sido o seu réquiem, depois de ter enterrado o Desportivo de Chaves.
Em relação ao futuro negro garantido em Braga, é evidente que o problema não está nos treinadores, mas antes nos jogadores. Vandinho, Madrid, Wender, César Peixoto, Paulo Santos, João Pinto, entre outros, devem ser expulsos do clube o mais rapidamente possível. Estes jogadores estão a mais, são péssimos profissionais, e o treinador certo para o Braga terá que ser capaz de ver isto, actuar, além de ter o mínimo de formação exigível.
Outro aspecto a ser revisto é a "arrogância bracarense". Pregar sistematicamente que somos o 4º grande, demolidor, demonstra uma vontade senil, cada vez mais irrealista e prematura. Ser um grande clube implica ter rigor e profissionalismo. Implica montar uma máquina que conquiste os adeptos no seu quotidiano, implica traçar uma marca Braga apetecível ao comprador, implica disponibilizar serviços reais e funcionais aos sócios, implica um marketing competente e sério. A humildade de reconhecer estas graves lacunas e superá-las será um primeiro passo para o tal crescimento. Enquanto isso, somos vistos como um louco que grita sozinho, na tentativa de se convencer a si próprio, quando os outros simplesmente já nem ligam.