01 dezembro 2007

1º de Dezembro

Foi outrora na cidade mais dos estudantes do que festa nacional. Recordamos as "troupes" de capa e batina, a moca ornada de fitas ao gosto das raparigas, os galinheiros que se esvaziaram por motivo das ceias académicas, as agitações barulhentas de todas as ruas e durante todo o dia, os polícias que perderam a paciência, os professores que, nesse dia, não tinham autoridade.

O SOLENE TE DEUM

O primeiro dia de Dezembro começava com um acto solena na Sé Catedral: O TE DEUM.
Os estudantes de capa e batina, cansados alguns da ceia do dia anterior, não faltavam ao primeiro acto das celebrações festivas. O enorme espaço da Sé de Braga tornou-se pequeno, não poucas vezes, para os estudantes e para o povo. Que bela música foi executada pelo orfeão dos seminários. O TE DEUM desse dia era efectivamente um número indispensável nas celebrações académicas. Aí se juntavam antigos e modernos, todos quantos falavam a linguagem da escola ou da história. Aí se juntavam todas as instituições de ensino. Aí Braga estava presente. Era um número indispensável das celebrações académicas.

RÉCITA DE GALA

Lembramos a récita do Teatro Circo feita com toda a preparação, com muita competência, e sobretudo com a solenidade que merecia: era efectivamente uma récita de gala, era mesmo um regalo para a cidade que enchia o teatro por completo.

CORTEJO

Depois haviam os cortejos históricos que aglutinavam à sua volta o mundo todo através de todas as ruas da cidade. Cortejo Histórico que se lhe chamou, festa dos estudantes era.


Aspecto do Cortejo Histórico do 1º de Dezembro de 1956


Outro aspecto do mesmo Cortejo Histórico

in Lyceu Nacional de Braga 1836/1986

4 comentários:

NA disse...

Chico, parece que aos poucos e poucos estas a ficar dominado pelo espírito Sá de Miranda...

Para quem está de fora não é mais do que uma escola a cair de podre, onde se conta que o tecto caiu e que os ratos assistiram a aulas.

Depois de lá entrar e, dia após dia, frequentar aquele espaço, começa a tornar-se num lugar único, onde as paredes guardam histórias nunca escritas.

O liceu está carregado de mistica que nos envolve e nos marca para sempre... Para além de todo o material acumulado ao longo de séculos.

Francisco Rodrigues disse...

Sem dúvida, é mesmo isso que acontece.

Pedro Morgado disse...

excelentes imagens. parabens.

Fernanda Carvalhal disse...

"As paredes guardam histórias" E "S estas paredes falassem.."? Os meus alunos de Àrea de Projecto não querem deixar a escola( em renovação) sem fazer falar as paredes.
Visitem-nos em www.apg1.blogspo.com e mandem-nos testemunhos da vossa passagem para:
marinasimoes1991@hotmail.com