O Grupo 3B´s da UMinho acaba de publicar na edição de 28 de Março de 2008 da Revista científica Science um artigo que resulta da sua colaboração com o IBNAM - Institute for BioNanoTechnology in Medicine da Nortwestern University, Chicago, EUA. O trabalho desenvolvido maioritariamente por Dra. Ramille M. Capito (IBNAM) e pela Dra. Helena Azevedo (3B´s-UM) resulta da articulação de projectos em curso no grupo de Chicago liderado pelo Prof. Samuel I. Stupp e do projecto da União Europeia - Marie Curie POLYSELF - da responsabilidade do Director do Grupo 3B´s Prof. Rui L. Reis.
No âmbito desse projecto Helena Azevedo, investigadora Doutorada do grupo 3B’s desde 2001, passou cerca de ano e meio a desenvolver trabalho na Northwestern University. A equipa de cientistas luso-americana criou "mini-laboratórios" de células vivas a partir da junção de duas soluções aquosas, uma contendo um polímero natural e a outra moléculas de péptidos, indica um estudo publicado na revista Science.
Helena Azevedo, do Grupo de Investigação 3B's (Biomateriais, Materiais Biodegradáveis e Biomiméticos) da Universidade do Minho, e colegas da Northwestern University (NU) em Chicago e Evanston (Illinois) descrevem no estudo, pela primeira vez, a formação instantânea de uma estrutura macroscópica na forma de um saco ou membrana quando as duas soluções, de carga eléctrica oposta, são postas em contacto.
Consegue imaginar o que é ter um polímero (o que vulgarmente chamamos plástico) e uma pequena molécula (algo tipo mas mais pequeno que uma proteína) que instantaneamente se conseguem auto-organizar para formar um saco forte mas flexível, em que é possível cultivar células estaminais humanas, criando uma espécie de laboratório em miniatura? Pense também que o saco poderia, quando utilizado em terapias celulares ou medicina regenerativa, proteger as células estaminais do sistema imunitário do paciente, sendo depois biodegradado ao longo de tempo, libertando as células para fazer o seu trabalho de regeneração de tecidos. Parece impossível? Futurista? Talvez não, ou apenas parcialmente!
O biopolímero usado é o ácido hialurónico, que é facilmente encontrado no corpo humano, em lugares como articulações e cartilagem, e tem sido estudado na Universidade do Minho no âmbito de projectos de engenharia de tecidos de cartilagem - indicou Rui Reis. A estrutura da membrana obtida apresenta uma arquitectura altamente ordenada na qual se observa o alinhamento de nanofibras orientadas perpendicularmente à interface.
Os investigadores conseguiram demonstrar que é possível produzir estes sacos de forma espontânea e que células estaminais humanas podem crescer no seu interior. Os sacos podem permanecer por semanas em cultura e as suas membranas são permeáveis a proteínas e nutrientes, incluindo algumas moléculas de grande dimensão (como factores de crescimento). Ou seja o mini-laboratório existe de facto e pode receber os necessários consumíveis. via Gabinete de Comunicação, Informação e Imagem da Universidade do Minho
No âmbito desse projecto Helena Azevedo, investigadora Doutorada do grupo 3B’s desde 2001, passou cerca de ano e meio a desenvolver trabalho na Northwestern University. A equipa de cientistas luso-americana criou "mini-laboratórios" de células vivas a partir da junção de duas soluções aquosas, uma contendo um polímero natural e a outra moléculas de péptidos, indica um estudo publicado na revista Science.
Helena Azevedo, do Grupo de Investigação 3B's (Biomateriais, Materiais Biodegradáveis e Biomiméticos) da Universidade do Minho, e colegas da Northwestern University (NU) em Chicago e Evanston (Illinois) descrevem no estudo, pela primeira vez, a formação instantânea de uma estrutura macroscópica na forma de um saco ou membrana quando as duas soluções, de carga eléctrica oposta, são postas em contacto.
Consegue imaginar o que é ter um polímero (o que vulgarmente chamamos plástico) e uma pequena molécula (algo tipo mas mais pequeno que uma proteína) que instantaneamente se conseguem auto-organizar para formar um saco forte mas flexível, em que é possível cultivar células estaminais humanas, criando uma espécie de laboratório em miniatura? Pense também que o saco poderia, quando utilizado em terapias celulares ou medicina regenerativa, proteger as células estaminais do sistema imunitário do paciente, sendo depois biodegradado ao longo de tempo, libertando as células para fazer o seu trabalho de regeneração de tecidos. Parece impossível? Futurista? Talvez não, ou apenas parcialmente!
O biopolímero usado é o ácido hialurónico, que é facilmente encontrado no corpo humano, em lugares como articulações e cartilagem, e tem sido estudado na Universidade do Minho no âmbito de projectos de engenharia de tecidos de cartilagem - indicou Rui Reis. A estrutura da membrana obtida apresenta uma arquitectura altamente ordenada na qual se observa o alinhamento de nanofibras orientadas perpendicularmente à interface.
Os investigadores conseguiram demonstrar que é possível produzir estes sacos de forma espontânea e que células estaminais humanas podem crescer no seu interior. Os sacos podem permanecer por semanas em cultura e as suas membranas são permeáveis a proteínas e nutrientes, incluindo algumas moléculas de grande dimensão (como factores de crescimento). Ou seja o mini-laboratório existe de facto e pode receber os necessários consumíveis. via Gabinete de Comunicação, Informação e Imagem da Universidade do Minho
3 comentários:
Faça-se muita "science" na Universidade do Minho...
...a bem dos cérebros nacionais.
Fantástica notícia para a ciência Portuguesa e para a cidade!
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