29 junho 2006

O camaleão afinal existe...

Andou ela a cantar para crianças...

Cada um veste a pele consoante o motivo pelo qual lhe pagam...

NA

P.S. entrem no "link" e vejam a secção de fotos...

Líder?

Ouvi uma entrevista na Antena 1 com Francisco José Viegas e Alexandre Soares Silva (entrevistado). Este é um brasileiro que não gosta do Brasil e esteve a dar uma palestra em Lisboa.
Será que tivemos um lider e nem nos apercebemos? Ou passou mesmo despercebido porque tinha que ser...?

Ora vejamos o mistério desconcertante.

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Pensar




"Aquilo que, creio, produz em mim o sentimento profundo, em que vivo, de incongruência com os outros, é que a maioria pensa com a sensibilidade, e eu sinto com o pensamento.
Para o homem vulgar, sentir é viver e pensar é saber viver. Para mim, pensar é viver e sentir não é mais que o alimento de pensar."


do Livro do Desassossego
composto por Bernardo Soares, ajudante de guarda livros na cidade de Lisboa


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Acesso ao ensino superior

No discurso do Prof. Mariano Gago à Assembleia da República no passado dia 16 de Junho, uma das medias apresentadas foi:

4ª Medida:
Serão revistos e reformados os actuais regimes de acesso especial ao Ensino Superior
cuja excepcionalidade tende hoje a ser encarada como fonte de injustiças sem
justificação suficiente, especialmente quando conduz à exclusão de estudantes de mérito
e qualificações elevados, preteridos face a outros oriundos de grupos especiais a quem,
em certos casos, nem sequer são exigidas classificações mínimas de ingresso.


Se a intenção subjacente do Sr. Ministro for acabar com a irracionalidade de haver cursos em que pessoas que são obrigadas a apresentar um atestado de robustez fisica e psicológica são passados a frente por gente que apresenta atestados do oposto, ou seja, de deficiência, e se também quer incluir na lista os filhos de militares e políticos no estrangeiro, só me resta mandar-lhe daqui o meu MTO OBRIGADO por ajudar a contribuir para um Portugal melhor e mais justo... Em que a competência de cada um é um valor muito mais importante do que a pena e a politica do coitadinho...

Fiquem bem,

NA

28 junho 2006

Portugal vs Brasil, patrocinado pela Nike...

A Nike continua a saber fazer publicidade...

NA

27 junho 2006

GPL

Para quem quiser saber a lista pormenorizada dos postos de abastecvimento de GPL em Portugal, veja aqui.

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26 junho 2006

Estádio do Algarve...

Os autarcas de Faro e Loulé estão preocupados com a falta de rentabilidade do estádio do Algarve... (UAU... Aquilo não rende... quem diria...)

Segundo eles cada autarquia gasta por ano 890 Mil euros em manutenção... Feitas as contas dá cerca de 5 Mil Euros dia... (Fora as despesas de pagamento do empréstimo para a construção).

Agora pedem ao estado (ou seja, todos nós) que arranjem formas de rentabilizar o estádio...

Quando a política bairrista os fazia gritar "Se os outros têm nós também temos de ter...", não se lembraram que não basta ter também é preciso manter...

Eu dinheiro para um Ferrari, com um empréstimo, ainda arranjava, o pior é mante-lo... Mas o melhor será comprá-lo e depois pedir ao governo que me venha pagar as contas...

NA

P.S. Atenção que o governo também tem culpas... afinal de contas autorizaram a construção e pagou parte dele...

Ainda sobre a bandeira...

Ontem, no final do jogo da Selecção Portuguesa, o jornalista da RTP1, em directo da Praça do Marquês em Lisboa, na emoção das comemorações diz: "E na estátua do Marquês podemos ver projectada a bandeira da selecção portuguesa"...

E eu aqui enganadinho a pensar que a bandeira era de Portugal... Esta mania do futebol estar sempre misturado com a política, ainda nas comemorações do 25 de Abril a bandeira que foi hasteada foi a bandeira da selecção, e depois ficamos a pensar que a bandeira e de Portugal... ai ai ai...

NA

23 junho 2006

Gripe das aves volta a ser notícia...

Segundo o jornal Público, foi confirmado o primeiro caso de transmissão do vírus da gripe das aves entre seres humanos.

Um assunto que parecia arrumado volta ao ataque...

Vamos esperar pelo desenrolar da história...

Bom almoço,

NA

22 junho 2006

Portugal gosta do heavy metal gótico (I)



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Portugal gosta do heavy metal gótico (II)





Pois é meus caros, apresento-vos o feitiço da lua. Claro que eu estive no concerto da peça, no Hard-Club de V.N. de Gaia, onde os Moonspell fizeram a apresentação mundial do novo disco, Memorial.

a light at the end of the earth

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21 junho 2006

Os símbolos nacionais...

Ultimamente a palavra pátria voltou a estar na moda... Então agora com as maternidades e o ir nascer a Badajós a palavra foi então muito usada...

Pessoalmente considero que o patriotismo ja teve os seus dias e tudo que for fanático caminha cada vez mais para o exagero... Sou mais federalista do que nacionalista...

Mas antes que me perca em discussões secundárias vou ao que interessa, apesar de não ser muito nacionalista respeito os símbolos nacionais e não gosto de ver a bandeira do meu país mal colocada... Assim, decidi escrever o manual de colocação de bandeiras de Portugal:

1) A parte verde é para o lado esquerdo (cuidado aos que tiverem a por na varanda, para esses fica à direita - a parte verde deve ocupar 2/5 da bandeira e a parte vermelha os restantes 3/5);

2) A bandeira usa-se na horizontal e não na vertical (a largura da bandeira deve ser uma vez e meia a sua altura);

3) Não comprar bandeiras nos chineses, os portugueses e que sabem como é a sua bandeira.

4) A parte central (o escudo) não é uma mancha amarela mas sim quinas em azul (com pintas que representam as chagas de Cristo) e sete castelos à volta.

Por favor, respeitem a bandeira.

NA

Portugal parou... Ou não!!!

Hoje ninguém passou ao lado do jogo Portugal - México. Para os mais distraídos a selecção portuguesa ganhou... ;)

Vendo as notícias na televisão ouço dizer que o país parou, toda a gente parou para ver o futebol... O que me leva a escrever este "post" é aquilo que considero uma falta de respeito pelos portugueses...

Na assembleia da República os trabalhos foram antecipados para que os deputados não tivessem plenário durante a hora do jogo... Pois é esta atitude da parte dos nossos responsáveis políticos que me deixa indignado...

Não vou filosofar sobre a importância do futebol, dos símbolos nacionais, que nem tudo na vida e produção e trabalho, bla bla bla... isso fica ao critério de cada um quando decide gerir o seu horário e se deve ou não organizar a sua vida de forma a ver o jogo ou não.

O que a mim me levanta fervura e saber que, a assembleia da república para, mas não dão tolerância aos funcionários do estado para que também eles vejam o jogo, se assim o entenderem...

Que o que os deputados fazem e dispensável já todos sabiamos, mas que se dão ao luxo de marcar plenários para a hora do jogo, isso tem muito que se lhe diga. Porque é que os professores que tiveram a vigiar exames na mesma hora não se deram ao mesmo luxo? E os funcionários das repartições de finanças e segurança social, também foram dispensados? Ou talvez tenho estado a ver o jogo e a trabalhar ao mesmo tempo?

Para os que não sabem, no Brasil, em dia de jogo do Brasil a parte do dia em que é o jogo, toda a gente está dispensada do trabalho... Bem ou mal é para todos... Aqui não, temos portugueses de primeira, portugueses de segunda e os outros...

NA

P.S: Por mim estou à vontade para falar porque seria daqueles que optaria por trabalhar em vez de ver o jogo...

20 junho 2006

México - Portugal.... nos Simpsons





...e porque os americanos são sempre a mesma coisa...

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da vida contemporânea


O COMBATE
[Adolfo Luxúria Canibal / Miguel Pedro]



A multidão sedenta de sangue
Ouço-lhe os gritos a demência
No desejo de aliviar a tensão
Acotovelar-se para ver dois boxeurs a socar-se
Embriagados pelo clamor
Deixam-se massacrar e massacram
Alguém vai ter de morrer alguém vai ter de vencer
Os olhos só vêem a severidade dos punhos
Que batem e batem e batem e batem


Quem ganhou ganhou
O que alguém perdeu


Os primeiros esguichos de sangue
São saudados com grande excitação
Desenha-se a festa
Sobre o sofrimento do moribundo
Um último soco para o pôr ko
E a algazarra liberta-se
Jubila-se o vencedor
Perdida criatura


Quem ganhou ganhou
O que alguém perdeu


A cara disforme mal o deixa festejar
Os que agora lhe levantam o braço
São os mesmos que amanhã vão aclamar
Aquele que o vai liquidar
Recolhem-se as apostas


Quem ganhou ganhou
O que alguém perdeu


A menos que todos percam
Nesta luta sem rosto
Que nos consome o presente

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Polo Norte...

O "Big Brother" está de volta...

É possível observar imagens de uma webcam instalada no Pólo Norte. Essencialmente vê-se muita neve mas por vezes aparecem seres vivos... ;-)

Para além disso têm acesso a muita informação sobre o Ártico.

Divirtam-se,

NA

P.S. Tenho escrito pouco, mas eu volto ;)

19 junho 2006

Pessoa

"Releio passivamente, recebendo o que sinto como uma inspiração e um livramento, aquelas frases simples de Caeiro, na referência natural do que resulta do pequeno tamanho de sua aldeia. Dali, diz ele, porque é pequena, pode ver-se mais do mundo do que da cidade; e por isso a aldeia é maior que a cidade...


"Porque eu sou do tamanho do que vejo
E não do tamanho da minha altura."



Frases como estas, que parecem crescer sem vontade que as houvesse dito, limpam-me de toda a metafísica que espontaneamente acrescento à vida. Depois de as ler, chego à minha janela sobre a rua estreita, olho o grande céu e os muitos astros, e sou livre com um esplendor alado cuja vibração me estremece no corpo todo.

"Sou do tamanho do que vejo!"Cada vez que penso esta frase com toda a atenção dos meus nervos, ela me parece mais destinada a reconstruir consteladamente o universo. "Sou do tamanho do que vejo!" Que grande posse mental vai desde o poço das emoções profundas até às altas estrelas que se reflectem nele e, assim, em certo modo, ali estão.

E já agora, consciente de saber ver, olho a vasta metafísica objectiva dos céus todos com uma segurança que me dá vontade de morrer cantando. "Sou do tamanho do que vejo!" E o vago luar, inteiramente meu, começa a estragar de vago o azul meio-negro do horizonte.

Tenho vontade de erguer os braços e gritar coisas de uma selvageria ignorada, de dizer palavras aos mistérios altos, de afirmar uma nova personalidade larga aos grandes espaços da matéria vazia.

Mas recolho-me e abrando-me. "Sou do tamanho do que vejo!" E a frase fica sendo-me a alma inteira, encosto a ela todas as emoções que sinto, e sobre mim, por dentro, como sobre a cidade por fora, cai a paz indecifrável do luar duro que começa largo com o anoitecer."

Do Livro do Desassossego - Bernardo Soares
composto por Bernardo Soares, ajudante de guarda-livros na cidade de Lisboa


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Crystal Gazing


Starts as a feeling pure,
This vitreous second sight
Without hallucinating, hating,
Captive of a future bright

Fortune telling-
Honours for madmen only!
Through the looking glass,
And when the glass looks back.

Why is everything to be denied?
That could make life a little bright.

Horrors guessing, exceptional,
Through details all revived.
Aligned in the death wish prismal
The crystal gazing - silver Eye.

We are the feeble standing
Before the Great Awakening.
The livestock roaming,
Counting the seconds to
Our Second Coming.

Why is everything to be denied?
That could make life a little bright.

Through the looking glass,
And when the glass looks back:
Yourself as a fraud.

Moonspell - The Antidote

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17 junho 2006

E se depois?





- BUCARESTE! TOCA A BUCARESTE!
- Oh meu, é Budapeste!!

- MONGÓLIA MONGÓLIA MONGÓLIA!! És de Braga ou não es??
- Não!! Sou de Paris....Esta música é dedicada ao nosso amigo mongoloide ali do canto!!


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06 junho 2006

666



Ora, nem todos devem ter reparado, mas hoje é o dia do Diabo, 06/06/06. É um dia de celebração do conhecimento e sabedoria que satanás inspira, a invocação de uma filosofia que poderá orientar uma saída para o caos em que vive Portugal. Pior do que estamos começa a ser impossível, o Diabo sente-se envergonhado ao sentir o horror da penumbra do país. Deixem as vossas esperanças e sugestões, o Farramico agradece.


Mas, o dia 666 também é de celebração. Para quem não se lembra, podem consultar esta "cábula":)
Hoje é o aniversário do nosso amigo NA. Ajoalhai infieis, estáis perante o Grande Mestre D. Nuno I.

PARABÉNS NUNO!


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05 junho 2006

Pinhal do Rei





PINHAL DO REI

Catedral verde e sussurrante, aonde
a luz se ameiga e se esconde
e aonde, ecoando a cantar,
se alonga e se prolonga a longa voz do mar:
ditoso o "Lavrador" que a seu contento
por suas mãos semeou este jardim;
ditoso o Poeta que lançou ao vento
esta canção sem fim...
Ai flores, ai flores do Pinhal florido,
que vedes no mar?
Ai flores, ai flores do Pinhal florido,
rei D. Dinis, bom poeta e mau marido,
lá vem as velidas bailar e cantar.

Encantado jardim da minha infância,
aonde a minh'alma aprendeu;
a música do Longe e o ritmo da Distância
que a tua voz marítima lhe deu;
místico órgão cujo além se esfuma
no além do Oceano, e onde a maresia
ameiga e dissolve em bruma,
e em penumbra de nave, a luz do dia.
Por estes fundos claustros gemem
os ais do Velho do Restelo...
Mas tu debruças-te no mar e, ao vê-lo,
teus velhos troncos de saudades fremem...

Ai flores, ai flores do Pinhal louvado,
que vedes no mar?
Ai flores, ai flores do Pinhal louvado,
são as caravelas, teu corpo cortado,
é lo verde pino no mar a boiar.

Pinhal de heróicas árvores tão belas,
foi do teu corpo e da tua alma também
que nasceram as nossas caravelas
ansiosas de todo o Além;
foste tu que lhe deste a tua carne em flor
e sobre os mares andaste navegando,
rodeando a terra e olhando os novos astros,
ó gótico Pinhal navegador,
em naus, erguida, levando
tua alma em flor na ponta alta dos mastros!...

Ai flores, ai flores do Pinhal florido,
que vedes no mar?
Ai flores, ai flores do Pinhal florido,
que grande saudade, que longo gemido
ondeia nos ramos, suspira no ar!

Na sussurrante e verde catedral
oiço rezar a alma de Portugal:
ela aí vem, dorida, e nos seus olhos
sonâmbulos de surda ansiedade,
no roxo da tardinha,
abre a flor da Saudade;
ela aí vem, sozinha,
dorida do naufrágio e dos escolhos,

viúva de seus bens
e pálida de amor,
arribada de todos os aléns
de este mundo de dor;
ela aí vem, sozinha,
e reza a ladainha
na sussurrante catedral aonde
toda se espalha e esconde,
e aonde, ecoando a cantar,
se alonga e se prolonga a longa voz do mar.

Afonso Lopes Vieira



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Alma Mater

Virando costas ao Mundo
Orgulhosamente sós
Glória Antiga, volta a nós!

ALMA MATER

04 junho 2006

Guiness - cerveja irlandesa






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03 junho 2006

Scott Monument


O Scott Monument é um monumento gótico vitoriano, situado na Princess Street, em Edimburgo. Tem 61.1 metros de altura e possui uma escada estreitíssima em espiral, com 287 degraus que permite aos visitantes alcançar o pequeno varandim no topo, que oferece uma panorâmica fantástica da cidade de Edimburgo e arredores.
Foi mandado construir para prestar uma homenagem a Sir Walter Scott, um poeta escocês que morreu em 1832. Sob os quatro pegões que sustentam o monumento, existe uma estátua monumental deste poeta, esculpida por John Steell.
O monumento foi inaugurado em 1844, ou seja, 4 anos depois do início da sua construção. O seu autor, George Meikle Kemp, não assistiu à inauguração já que, 5 meses antes, a caminho de casa envolto no nevoeiro matinal, caiu no Union Canal em Edimburgo, e morreu afogado.

Esta foto ilustra bem o monumento e uma pequena parte do Jardim da Princess Street e foi tirada, justiça seja feita, pelo Cristóvão, num enorme momento de inspiração. O seu a seu dono.

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Aqueduto das Águas Livres


O Aqueduto das Águas Livres, a maior peça de engenharia hidráulica do século XVIII, ganhou a forma serpenteada numa extensão de quase 60 km – tudo para saciar a sede à capital. Monumental obra pública, Património Nacional, reabriu agora as portas ao público e leva-nos numa viagem no tempo.

Antes do aqueduto, os lisboetas podiam dar-se ao luxo de três banhos ao longo de uma vida inteira: quando nasciam, quando casavam e quando morriam. Fora destas ocasiões solenes, só a cara, as mãos e os pés mereciam um contacto com a água e, mesmo assim, um contacto breve.


Sete séculos de sede crónica em Lisboa não escondiam a ironia de a capital ser majestosamente banhada pelas águas do rio Tejo. Estima-se que cada habitante dispusesse apenas de seis litros de água, razão pela qual uma bacia de água servia para lavar a roupa, o corpo e ainda para fazer a barba e limpar a casa – de uma forma que se adivinha não muito meticulosa –, antes de o famoso grito “água vai” anunciar o seu despejo para as ruas.

Na época, Lisboa saciava a sede em poços, cisternas e chafarizes medievais. Um deles, o Chafariz D’El Rei, dispunha de seis bicas – uma para cada classe social – com uso regrado para evitar os atropelamentos. Por tudo isto, os viajantes que aqui chegavam encontravam bom motivo para não voltar: o cheiro, descrito jocosamente como de “estrebaria”.

Dizer, portanto, que o aqueduto revolucionou a higiene da capital não é uma metáfora. As hipóteses de um sistema de abastecimento que acabasse com a crise de água já tinha sido estudado e planeado várias vezes, mas nunca posto em prática. Na verdade, o ponto de partida do aqueduto já estava definido, pelo menos desde o século III, quando um embrionário aqueduto romano já identificara os férteis vales de Caneças. Mas só em 1732, D. João V, imbuído do espírito barroco dos grandes empreendimentos e financiado pelo ouro e diamantes do Brasil, assina o decreto que dá luz verde ao projecto.

Ao longo de 102 anos, com o cunho de alguns dos principais arquitectos e sob a égide de cinco monarcas, lançam-se as pedras para 58 quilómetros de galerias – parte em construção subterrânea, iluminada por 137 clarabóias.

A monumental empreitada é morosa e encontra o grande desafio no vale de Alcântara: 35 arcos fazem uma triunfal entrada em Lisboa, com destaque para um em particular, o maior arco em ogiva de pedra do mundo, com 65 metros de altura, e que mereceu a inscrição no livro de records do Guiness. Estes desconcertantes arcos sobreviveram, aliás, ao terramoto de 1755, dando origem às mais diversas teorias e expressões. Uma delas sobreviveu até hoje, mais curta, mas com o mesmo significado: “rés-vés Campo de Ourique”, ou “falhou por pouco a falha de Campo de Ourique”.

Muito provavelmente sem qualquer reconhecimento pela grandiosidade da arcaria de Alcântara, os dois passeios pedonais conhecidos como Estrada dos Arcos – e que obrigavam ao pagamento de “portagem” a quem os usasse para chegar mais rapidamente à cidade – foram escolhidos como palco de actuação para um perigoso gang, que, durante anos, e para contrariedade das autoridades, aterrorizou, assaltou e lançou muitas das vítimas de uma altura de mais de 60 metros.


O cabecilha, Diogo Alves, acabou por ser o último condenado à morte em Portugal, mas o seu nome continuou a ensombrar a Estrada dos Arcos, que se manteve fechada durante 144 anos. As nascentes no vale de Carenque, em Belas, não tinham a força necessária para empurrar a água até Lisboa, e à obra original vão-se somando ramais subsidiários, que canalizam o precioso líquido de mais de 70 nascentes.

O esforço do homem reveste a obra em pedra, o engenho revela-se no aproveitamento da gravidade para garantir o trajecto da água. Com honras de visita de Estado, as primeiras águas chegam a um chafariz improvisado na rua das Amoreiras, em 1748 – ainda o traçado do Aqueduto das Águas Livres não é o definitivo – façanha celebrada com o Arco que domina a zona. Mais tarde, para a receber e distribuir pela cidade, 32 chafarizes hão-de nascer de projectos de Carlos Mardel, hoje classificados como Património Nacional.

Em 1967, o Aqueduto das Águas Livres deixa de desempenhar a função para que fora originalmente concebido, mas tem-se mantido aberto à curiosidade do público, fechando apenas nos frios meses de Inverno.

Texto de Joana Hari
Revista Rotas e Destinos

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02 junho 2006

Bom Português



Capturado na luz do dia, sob o olhar de testemunhas atentas, na porta de uma qualquer casa do centro histórico de Montalegre.


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01 junho 2006

Fort William - Escócia



Devo dizer que o nosso amigo Jorge Franco "partiu tudo" quando tirou esta fotografia em Fort William, na vinda de Crianlarich e do Loch Lomond. Está verdadeiramente espectacular. O Cristóvão até tinha uma boa máquina fotográfica, mas não se safa muito bem:) Foi numa manhã de Agosto, depois de um mega pequeno-almoço escoces de 6£, tomado no "The Inverney Hotel", durante a viagem de mais de 700Km percorridos no coração da Escócia, num Nissan Primera alugado com o guiador do lado direito. Memorável.

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