10 novembro 2006

Incompetência governamental...

Estamos perante uma incompetência do governo... Depois de saber que há 68% de pessoas a fazer greve que não foram contabilizadas continua impávido e sereno em vez de tratar de saber quem são os ditos 68% que os sindicatos contabilizam a mais para poder fazer os devidos descontos...

Os sindicatos dizem que ontem fizerem greve 80% dos funcionários públicos, o governo diz que foram só 12%... Há que saber quem não foi contabilizado...

Ficamos à espera do rigor que tanto prometem...

Cristóvao, Nuno e Filipe...

11 comentários:

Francisco Rodrigues disse...

Pelo que eu ouvi nos noticiários da RTP, o governo apontava para 5% de adesão. O braço direito do sócrates deve ser a Alice no país das maravilhas... O governo disse também, que "tinha pena que as pessoas fizessem greve". Está bonito...

Francisco Rodrigues disse...

Já agora, BEM-VINDO FILIPE!

Anónimo disse...

A meu ver a questão está aqui: governa-se para a imagem e por isso tudo vale para mostrar o que é e o que não é. Bastava dar uma volta pela cidade para ver que, nesta cidade CONSERVADORA a adesão á greve foi muito superior a 50%. por isso esse 12% é uma tentativa desesperada de mostrar oq ue não é.
A luta pela imagem começa assim a cair no ridículo. E isso paga-se! Como Bush está a pagar!

Francisco Rodrigues disse...

Ora nem mais, é a chamada "guerra de propaganda" que mina muitas democracias e as transforma em ditaduras mansinhas.

Bem vindo Cardoso!

Anónimo disse...

Ou, por outras palavras, a "ditadura da democracia".
Mas isto é um reflexo da sociedade em que vivemos, voltada para a imagem. Os sistemas políticos são sempre fruto do contexto mental da época e o capitalismo liberal baseia-se na imagem, na necessidade de fazer passar mensagens que cativem, que aprisionem o cidadão! Mas isto tinha muito que se lhe dissesse...

Francisco Rodrigues disse...

Pois, isto dá muito pano para mangas. Ainda por cima numa democracia como a nossa que "ainda cheira a leite", com apenas 30 anos em que uma geração passou do 8 ao 800 a nível de liberdade de expressão. E o que nesta altura, confunde tudo e todos, é esta nova versão do Socialismo Democrático, que governa bem à direita pela mão de Sócrates e que desnorteia até o próprio partido. E a maquillagem faz milagres, mas nem sempre. O governo que tome atenção às nódoas.

Anónimo disse...

Sabes, eu acredito nesta nova geração, esta malta que está agora na faixa dos 20 anos.
A política só benificiará desta nova vaga daqui por alguns anos, ams acredito que muita coisa vai mudar...
Há uns anos atrás iniciou-se uma linha de pensamento, mais do que isso, um sistema de valores designado por new age que eu penso estar agora a começar a dar frutos; as pessoas estão agora a começar a abrir os olhinhos para determinados problemas...
A mudança não passará pela derrota de Sócrates mas por muito mais do que isso: por uma mudança mental que eu julgo que já começou.

koolricky disse...

Esperemos que essa mudança mental já tenha começado... Eu estou um bocado mais céptico! Aliás, acho que o mundo vai lentamente caminhar para uma nova versão do Anarquismo - a de que ninguém quer saber de nada.

Francisco Rodrigues disse...

Eu não diria tanto Anarquismo, mas antes o egoismo extremo e uma ânsia incontrolavel de consumismo e entertenimento, consequências desse mesmo egoismo.

Anónimo disse...

Eu tenho uma visão mais optimista. penso que a malta nova (e a minha profissão tem esse grande dom de me colocar sempre ao lado deles), a malta nova, dizia eu, já vê as coisas de uma maneira muito mais saudável. Eu não consigo neste espaço explicar tudo o que penso sobre o assunto mas indo directo ao ponto: está em voga actualmente um falso conceito, o de que a malta nova se está a marimbar para a política. Não é verdade, simplesmente eles não aceitam a porcaria dos políticos que actualmente vêem nos telejornais. Há um espírito contestatário que não é igual ao do meu tempo, mas é muito mais pragmático: não gosta, não compra! Não vale a pena fazer barulho como faziamos no meu tempo; se não agrada, vira-se as costas e "bute lá prá night". Julgo que a juventude actual é tudo menos anarquista. É acima de tudo uma juventude em busca de um rumo espiritual e filosófico. Rumo esse que é tremendamente difícil de encontrar porque fomos nós, os cotas, que nos encarregamos de desacreditar as ideias que nós próprios defendiamos. Isto é fundamental! Daí a depressão que assola grande parte desta juventude; não se trata falta de valores como os mais simplistas defendem; trata-se de um desencanto para com o mundo que os mais velhos lhes deixam mas também uma vontade de, sem filosofias nem doutrinas, ir construindo um mundo mais saudável, mais democrático, mais livre. Isso não é o rumo do anarquismo; é o rumo da verdadeira liberdade.
E, caro Francisco, o egoísmo de que falas, a nível colectivo, terá os dias contados; quando for derrubado este sistema neo-colonialista que o capitalismo neo-liberal criou, virá ao de cima uma perspectiva "holistica", global, da humanidade.
Isto trará, estou certo, uma tremenda mudança mental nos próximos 30 anos. E é nesse sentido que eu destaco o papel dessa perspectiva a que chamam "New Age" e que a meu ver se tornará um novo sistema de valores, uma nova filosofia de vida que revolucionará as mentalidades.

Francisco Rodrigues disse...

Isto é um bocado complicado. Por um lado concordo largamente com as palavras do Cardoso, que existe uma vontade de vencer, de saber, e uma orientação sustentada desta geração dos 20 anos, até porque há cada vez mais exigência a nível universitário, mas mais licenciados e mais exigência também no mundo do trabalho. Falo nisto até na perspectiva portuguesa...só que aqui é que a minha visão já não é tão optimista:
a política de educação portuguesa é um verdadeiro pântano, de reformas em reformas vai-se degradando a imagem da escola como instituição respeitável e formadora de pessoas para o futuro. Os professores são cada vez mais desacreditados, desautorizadoe e diria mesmo humilhados, embora a sua missão seja nobre e importantíssima, tal como muitas outras, obviamente. E, baixando na faixa etária da discussão, preocupa-me o futuro dos nossos teenagers, à deriva nesta sofregudão económica do governo que suga as escolas e os professores, teeagers esses enebriados pelo mundinho super-perfeito pintado pelos morangos com açucar. Queira-se ou não este fenómeno deve ser analisado, é um monstro de influência intelectual, de marketing e venda de produtos inigualável na sociedade portuguesa.