Instituto Ibérico em Braga

"Os cerca de cinco hectares de terreno onde está instalada actualmente a Bracalândia foram os escolhidos pelo Governo português para a instalação do Instituto Ibérico, uma estrutura luso-espanhola na área da Nanotecnologia que foi anunciada na última cimeira ibérica. A revelação feita pelo presidente da câmara de Braga no final da reunião do Executivo, põe termo à especulação surgida nos últimos tempos sobre a matéria. "Este foi um processo delicado conduzido pela câmara com o objectivo de não prejudicar a escolha do concelho para a sua instalação", dise Mesquita Machado. Hoje, o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, vai assinar o protocolo de constituição do direito de superfície do terreno.

"Este é um dos mais importantes projectos da história de Braga que vai trazer para a cidade os melhores investigadores mundiais na área das nanotecnologias". O autarca revelou ainda que apresentou três possíveis localizações para o Instituto "a Quinta dos Peões, a Bracalândia e o Parque de Exposições, mas dissemos sempre que se a comissão técnica não as achasse convenientes teríamos outras soluções porque o que queríamos era o instituto em Braga".

Quanto ao parque de diversões, ainda não se sabe para onde poderá ir.

A escolha da Bracalândia foi tomada pelo Governo, depois de Mariano Gago ter visitado, em finais de Agosto e em segredo, os três locais. Decidido está também a cedência de um local no Instituto de Estudos da Criança (IEC), pertença da Universidade do Minho, para a comissão instaladora começar já a trabalhar. Curiosamente, esta comissão ainda não está nomeada, sabendo-se apenas que será liderada por José Rivas Rey. Como o parque de diversões vai continuar no actual espaço até ao final de 2007 vai servir para a realização de todos os projectos e ultrapassar as questões burocráticas referentes ao processo.

Com um terço de investigadores portugueses, um terço de espanhóis e um terço de estrangeiros, ficam criadas as condições "para Braga ficar conhecida por ter um dos melhores pólos de investigação, se não o melhor, a nível europeu e com capacidade para concorrer com outros a nível mundial". Mesquita Machado lança também o desafio para que empresas de base tecnológica "se associem e criem na Quinta dos Peões um parque tecnológico, beneficiando dos contributos que o Instituto possa dar"."
Jornal de Notícias