O verdadeiro fabuloso

"Out!" gritava o juíz de linha após uma jogada de ténis. O árbitro de cadeira aceitou a jogada e marcou o ponto. Ponto para Federer.
"No, it was in!" disse o Federer, dando assim o ponto ao adversário. Todos ficaram boqueabertos. No fim, disse a um jornalista. "Só quero o que me pertence. Ganhar aquele ponto era injusto, até porque foi dentro e eu devia ter chegado lá."
Assim começo por falar sobre este homem, para mim, o melhor e maior desportista de todo o sempre. Depois de ter ganho (hoje) o Torneio Masters (o último torneio de ano para o qual só são apurados os 8 melhores jogadores do ranking) Federer continua a bater recordes. 3 Grand Slams (Australian, Wimbledon e US Open) e finalista em ROland Garros. 12 torneios ganhos num ano, 120 semanas no top 1 do ranking, mais de 8 milhões de dólares em prémios de jogo (só durante este ano).
Mas mais do que recordes ou prize-money dá gosto ver este homem a jogar porque, simplesmente, é PERFEITO. Atrevo-me a dizer que, desportivamente, Federer é muito superior ao que Maradona foi no futebol. Não estou a exagerar. Jimmy Connors disse no outro dia que "Federer é o jogador que toda a gente gostava de ser. Um jogador que resume o que o ténis perfeito deve ser. Nem nos livros vem tão bem descrito o que deve ser feito, como o ténis de Federer" Isto, vindo de um dos melhores jogadores de sempre.
E claro, acima de todas as suas características físicas, psicológicas que lhe dão o domínio total e absoluto no ténis actual, está uma educação sem precedentes, uma gentileza enorme e um discurso que o enaltece a ele e ao jogador que (provavelmente) saíu derrotado. Não só é o que ganha mais prémios mas também é o rei do fair play. Por isso a minha homenagem. Fossem todos um bocado de Roger Federer e o mundo seria um lugar MUITO melhor para viver.