Hola. I'm back.
Vocês leram as notícias relacionadas com a União Europeia e o contencioso contra o Estado Português pela autorização da construção da barragem do Baixo Sabor.
Neste ponto será importante questionar em que medida é que nos podemos dar ao luxo de chumbar todos os projectos hídricos em Portugal. Basta ver os problemas para a construção do Alqueva, a não construção da Barragem de Foz Côa, devido às pinturas rupetres, e agora a esta, dados os impactes ambientais associados.
Se há pouco tempo aqui discutimos um potencial projecto de energia nuclear em Portugal, a que a maioria de nós "torceu o nariz", indicando que o caminho deveria passar pelas energias alternativas, e, por outro lado, por projectos de optimização de consumo energético e consumo de água, será que podemos estar continuamente a recusar projectos como o acima referido.
Convém perceber que qualquer projecto, seja de que âmbito for, cria os seus impactes. Deste modo, e a nível ambiental, a alternativa lógica é sempre escolher aquela com menor impacte. A não ser que se pense em não se fazer absolutamente nada e saímos todos do país.
A notícia que li preocupou-me bastante, dado que estamos a falar de um aspecto importante tanto a nível energético, como de gestão hídrica. Não nos esqueçamos das notícias que nos põem a par da falta de água para a agricultura e para os produtores de gado, especialmente no interior e no sul do país. Além disso, ainda há a vantagem da gestão do excesso de água em alguns locais.
Será que devemos pensar tanto na preservação do ambiente e dos microclimas ao ponto de colocar em causa a nossa estabilidade social? Não vamos fazer a barragem porque o rio Sabor é dos poucos da Europa em que o seu curso nunca foi alterado, mas por outro lado não temos água para a agricultura, para os animais, para os habitantes, para a produção de energia eléctrica, e, ao mesmo tempo estamos a contribuir para a desertificação dos solos, o exôdo da população para o litoral e para o estrangeiro e para o desemprego, com conquências óbvias para a bolsa do Estado?
Enfim ...
PAlmeida
30 abril 2006
Posted by Francisco Rodrigues at 13:32
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1 comentário:
É por se passar por cima do ambiente que o clima neste momento está como está. São pequenas gotas mas já diz o ditado que grão a grão...
Temos que apostar nas energias renováveis que não tragam prejuízos ambientais. Temos uma costa de 700km com ondas bravas como o car(v)alho e ainda não aproveitamos a energia das ondas? Temos a maior exposição solar da europa e somos o país que pior a aproveita? Somos um país com muitos bois (então noi futebol...) e não aproveitamos a biomassa (nalguns casos leia-se merda, noutros, cérebros, se bem que vai tudo dar ao mesmo)?
No outro dia vi uma imagem que quase me fez chorar. O gigante branco, glaciar que jaz na Patagónia, Argentina há milhões de anos começou a derreter. Era uma daquelas coisas que eu sempre quis ver. Será que ainda vou a tempo?
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