""Queria ir trabalhar, mas o Governo não me deixa, merecia uma coça", a rebeldia das palavras do pequeno António (nome fictício) expressa a revolta interior que lhe confunde as obrigações de um rapaz de 14 anos estudar e brincar. António foi apanhado, pela Inspecção-Geral do Trabalho (IGT), nas obras de construção de uma creche-infantário na freguesia de Figueiró-Santiago, em Amarante. Os trabalhos estão a cargo de um empreiteiro local, que além de construtor é presidente da Junta de freguesia onde reside o jovem. (...) A mãe garante que o desejo do filho "não é para ganhar dinheiro porque, felizmente, não precisa". "O empreiteiro deu-lhe qualquer coisa, mas não sei quanto dinheiro foi", sublinha. (...) O autarca, porém, quando confrontado com a situação, nega tudo. "Foi um lapso da Inspecção. Pensavam que o rapaz estava a trabalhar, mas não estava"."
In JN, 28/01/2007
De certeza que este presidente de Junta de Freguesia vai continuar a ser eleito. Talvez ganhe uma Câmara Municipal. Tem o perfil ideal para governar em Portugal.
2 comentários:
Portugal profundo.
Pessoalmente não sei o que me choca mais, se o facto da criança trabalhar ou o facto do presidente da junta ser tambem o construtor... Já me faz lembrar o "diz que e uma especie de magazine" de ontem... ;-)
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