12 abril 2007

Biomassa


Cabeceiras de Basto

"[...] o Engº Gil Patrão confirmou a atribuição pelo Governo da respectiva licença de exploração de uma Central de Biomassa em Cabeceiras de Basto, cabendo agora à EDP e ao grupo ALTRI adquirir os terrenos, elaborar o projecto e executar a obra que implica um investimento da ordem dos 25 milhões de euros (5 milhões de contos).
Segundo adiantou este administrador da EDP – Bioelétrica um projecto desta natureza leva 2 a 3 anos a pôr de pé, ou seja, a Central de Biomassa de Cabeceiras de Basto só estará a funcionar dentro de um horizonte temporal que se deve situar nos finais de 2009, princípios de 2010.
Sobre o número de empregos a criar, este especialista das bioenergias informou que, em princípio, serão 15 os empregos directos, mais 10 em tarefas ligadas à laboração da central. Os postos de trabalho indirectos poderão ser superiores a 150, distribuídos pelas actividades complementares geradas pelo negócio do corte, recolha e transporte dos resíduos florestais que vão abastecer a referida central. Tudo vai depender, no entanto, das dinâmicas locais e das respostas dos agentes dos sectores envolvidos, acrescentou.
A futura Central de Biomassa de Cabeceiras de Basto terá uma capacidade de 11 MBA, 10 % maior do que a central instalada em Mortágua, o que significa que pode produzir por ano cerca de 75 GWH de electricidade o suficiente para abastecer uma comunidade de 50 a 60 mil pessoas, rematou o Dr. Gil Patrão."
in Ecos de Basto

6 comentários:

Cláudio Rodrigues disse...

Não consigo muito bem perceber (ainda) quais são os benefícios da produção de energia a partir da biomassa e a partir do vento... É que a energia eólica, mais propriamente o aparelho que a produz, causa impacto visual, sonoro, prejudica os sinais de rádio e mata aves. Quanto às centrais bioeléctricas, eu ainda não pesquisei muito sobre o assunto, e parece que está na altura. A mim, para Portugal, parece-me para já que a amelhor solução é aproveitarmos a energia que vem do Sol. Temos muito, cada vez iremos ter mais, e parece-me que a sua produção é a que causa menos impacto. Desde que não acabem com as belas telhas tradicionais... :)

Francisco Rodrigues disse...

Em relação à energia eólica não acho que o impacto visual seja um factor negativo - parece-me que aqui há muita subjectividade; em relação ao impacto sonoro, diz-se que ele existe mesmo a nível de ultra-sons. Penso que o principal problema deste tipo de energia será a impossibilidade de a armazenar - uma vez produzida entra logo na rede e tem que ser consumida. Ainda não existem baterias capazes de acumular quantidades de energia desta grandeza de forma eficiente.
Em relação à energia solar, concordo contigo - temos que a aproveitar. Aliás, o governo deveira incentivar a nível fiscal a compra e instalação de paineis solares privados - aqui ainda estamos na idade da pedra.
Para além da biomassa (que tem a grande vantagem de limpar as florestas) acho que deveriamos apostar na energia nuclear. Esta é a minha opinião.

Cláudio Rodrigues disse...

1. Energia Eólica
Quanto ao impacto visual, é notório que existe, embora possa haver quem o aprecie. Na minha opinião, deve variar de caso para caso. Existirão locais que até ficam "mais bonitos", mas também, em alguns casos, as ventoinhas causarão alguns estragos visuais. Mas impacto causam!
É certo que é uma energia limpa, mas os inconvinientes atrás enumerados parece-me suficientes para apostar em outras fontes...

2. Energia Solar
Continua-me a parecer a escolha mais acertada para Portugal, e está mais que visto que o governo ainda não quis saber dela. Às tantas existem razões que desconheço para que este tipo de produção energética não seja aproveitado. No entanto parece-me bastante viável que, por exemplo, as escolas, ginásios, centros comerciais e mais espaços de grandes dimensões aproveitem o espaço das coberturas para instalar painéis e, consequentemente, produzir energia saudável.

3.Energia Nuclear
Assunto melindroso. Não sei se agora é a altura certa para investir nisso. Se tivesse sido há 30 anos atrás... Ou então faça-se uma central com as mais recentes tecnologias, como ouvi dizer que se está a fazer (ou está feita?) em França. É que a energia nuclear é barata, a sua produção actualmente é pouco poluente, e que ninguém venha falar nos resíduos ou em catástrofes nucleares... Os resíduos serão (ou seriam) enviados para o Norte da Europa, e as catástrofes, se acontecer uma em Espanha, que aproveita as potencialidades deste tipo de produção energética, Portugal às tantas sofrerá ainda mais com isto (porque no ar não existem fronteiras e grande parte das centrais estão muito perto da fronteira).

Já me alonguei demais...
Vou continuar a pesquisa sobre a Biomassa... :)

koolricky disse...

Spicka, parece que faltaste a primeira sessao cafe scientifique sobre energias, presente e futuro. Mas parece que estas bem informado portanto passas... ;o)

koolricky disse...

Quanto a biomassa, espero que valha a pena. E um bom incentivo para o desenvolvimento de uma regiao onde impera o desinvestimento...

Francisco Rodrigues disse...

Spicka, a tua análise está muito boa. Já agora, também não percebo muito de biomassa. Quando tiveres novidades estás à vontade ;)