12 maio 2007

Fotocópias

"Mais de uma centena de livros fotocopiados apreendidos na UM.
Inspecção-Geral das Actividades Culturais realizou uma acção de fiscalização nas duas reprografias da instituição."
in Correio do Minho



4 comentários:

NA disse...

Uma vergonha aquilo que se passa nas universidades... Supostamente deviam criar a cultura do livro, da sua leitura e respoeito por eles... Pelo contrário, fotocopia-se os livros à descarada, nas próprias reprografias da universidade...

Há muito que os centros de cópia na vizinhança da universidade tinham sido inspecionados e proibidos de o fazer, mas a reprografia da universidade mantinha-se indiferente a isso...

Muitas das vezes são os docentes que deixam livros para fotocopiar para os alunos... Uma vergonha...

Já falamos neste blog sobre a necessidade de reavivar a venda de livros em Portugal, mas como podemos querer q se produzam bons livros em Português se só um os vai comprar e os outros vão fotocopiar? Depois somos "obrigados" a comer as versões brasileiras, onde a qualidade, muitas vezes, deixa a desejar... Então mais vale ler o original...

Unknown disse...

enquanto qq livro tecnico mais complexo do que "windows pra totos" custar acima dos 50 euros (10 continhos de antigamente), nao resta mesmo outro remedio q fotocopiar.
a titulo de exemplo teria gastado centenas de contos se tivesse comprado todos os livros de que necessitei pra fazer o meu curso.
pensar que se deviam comprar os livros nao passa de demagogia ou cegueira.

NA disse...

No que toca a "demagogia ou cegueira" poderia alegar que eu comprei todos os livros que precisei e a mim só me viram com fotocopias de um único livro, porque esse já não existia no mercado... Mas isso fica ao gosto de cada um e à medida da sua carteira.

Nunca defendi que se devesse comprar todos os livros... Defendi sim, que se devia usar versões originais e não cópias...

A questão do preço tem dois lados, porque se por um lado os livros técnicos são MUITO caros, por outro só podem justificar a sua venda a baixo custo se muita gente comprar...

Quanto à maneira de aceder a livros de forma mais economicamente viavel, penso que a responsabilidade está nas mãos das universidades. Por um lado através das bibliotecas, por outro através do mercado de usados... Penso que já dei este exemplo neste blog quando se discutia o preço dos livros: na Universidade do Texas (e penso que se repete um pouco por todas as Universidades americanas), existe uma loja da Universidade, onde os livros são postos a venda usados, a diferentes preços, dependendo do estado de conservação. Todos os alunos no final do curso, podem vender o livro de volta à dita loja, cobrando na medida do estado em que o livro se encontra...

Numa sociedade cada vez mais pragmática, se não criarmos condições para um mercado de livros decente, não estejam a contar que vai haver almas caridosas a escrever livros de qualidade só pelo gosto de os produzir.

koolricky disse...

Caro Nuno, não podia estar mais de acordo contigo!