Apito Dourado

Apito Dourado: Cai o primeiro processo contra Valentim
Processo está relacionado com o jogo Naval-Chaves. Major está "satisfeito, mas não surpreendido"



Um juiz de instrução da Figueira da Foz decidiu não levar a julgamento Valentim Loureiro e o árbitro Paulo Baptista, no processo relativo ao jogo Naval-Chaves, na primeira acusação do Apito Dourado que cai em fase de instrução.

A informação foi confirmada à Lusa pela defesa de Valentim Loureiro. Comentando a decisão, o próprio Valentim Loureiro disse à Lusa que está "satisfeito, mas não surpreendido".

"Surpreendido fiquei quando o DIAP (Departamento de Investigação de Acção de Coimbra) me acusou neste caso. Mas, o que lá vai, lá vai", acrescentou.

O autarca de Gondomar declarou-se "convicto" de que todos as outras acusações que lhe são imputadas "hão-de ser arquivadas porque, tal como neste caso, não há factos que sustentem qualquer crime".

O caso Naval-Chaves diz respeito a um jogo que contava para a Liga de Honra e que se realizou em Novembro de 2003.

Apoiado em escutas telefónicas de conversas entre Valentim Loureiro e Paulo Baptista, um árbitro de primeira categoria, o Ministério Público (MP) imputava-lhes, respectivamente, crimes de corrupção activa e passiva.

O MP defendia que Valentim Loureiro tinha pressionado o árbitro para favorecer a Naval 1º de Maio, para que os seus dirigentes apoiassem, depois, o major nas eleições para a Liga de Clubes.

Numa fase anterior do processo tinham já caído as suspeitas que, no âmbito deste processo, recaíam sobre Aprígio Santos (presidente do Naval) e Júlio Mouco (vogal da comissão de arbitragem).

Em fase de instrução está outro processo envolvendo Valentim Loureiro, relativo ao jogo Boavista-Estrela.

O antigo presidente da Liga de Futebol Profissional e presidente da Câmara de Gondomar vai a julgamento no processo principal do Apito Dourado, o relativo ao Gondomar Sport Clube.
In JN