A economia do Zimbabué está a entrar numa espiral negativa, criando uma instabilidade crescente que poderá atirar o governo de Robert Mugabe para fora do palácio presidencial. Basicamente, o preço dos bens no Zimbabué cresce cerca de três vezes ao dia. Num campo de golfe, os golfistas pagam as bebidas do fim do jogo antes de começarem porque quando acabarem, essas bebidas já subiram de preço. Neste momento, a inflação anual vai nos 11.000% mas pouco faltará para que o número se eleve exponencialmente. A hiperinflação faz com que toda a gente compre os bens mal tenha o dinheiro, pois é mais valioso ter um pedaço de pão do que uma nota; no fim do dia, essa nota provavelmente já não compra o pedaço de pão. Isto faz com que os bancos não tenham dinheiro nas suas contas e com que as pessoas em geral comecem a negociar em bens. O estado é então obrigado a imprimir notas com mais zeros, gastando portanto mais dinheiro.
As fontes internacionais crêm, no entanto, que o governo cairá e que a inflação poderá diminuir. Os problemas começaram quando Robert Mugabe decidiu expulsar as pessoas de raça branca, descendentes de colonizadores, que ainda detinham grande parte da terra e geriam produções agrícolas que davam muito dinheiro ao país. Com a perda desses negócios e a atribuição desses mesmos terrenos aos seus amigos, Mugabe carregou no botão da auto-destruição. Não que ele esteja mal, de certeza que terá uns biliões num banco Suíço qualquer mas nestas ocasiões, como sempre, é o povinho quem paga.
6 comentários:
Estou sem palavras... Criaram um monstro...
Não posso acreditar como um país chega a um ponto destes...
É o efeito borboleta, no seu ponto máximo... Entrega os terrenos aos amigos (cunha de alto nivel) e eles destroem tudo...
Este tipo de coisas é profundamente triste. A ganância e prepotência de alguns põe povo inteiros a morrer à fome e sem acesso a educação e trabalho.
Os nossos Governantes ao pé destes até parecem a Madre Teresa de Calcutá.
Olha que não sei. Se não fosse a UE havia de ser bonito.
Rui, só não fazem isto porque não os deixam. Olha para as reformas deles e vez que fazem o mesmo, só que em ponto pequeno!
Exactamente Ricardo, nós só não estamos como eles porque pertencemos à União Europeia
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