“Não advogo o genocídio” começa por dizer o Doutor Chris Rapley,o novo curador do Museu da Ciência de Londres, “o que digo é que reduzir a taxa de natalidade vai evitar que o mundo chegue a uma população de 10 biliões de pessoas. Isso significará menos dióxido de carbono a ser produzido, seja porque haverá menos pessoas a conduzir carros ou a usar electricidade”. E o curador do consagrado museu acrescenta ainda que os custos desta campanha seriam uma fracção dos utilizados para desenvolver máquinas de baixo consumo eléctrico ou centrais nucleares com os riscos inerentes.
No entanto do outro lado estão os demografistas e os governos dos países desenvolvidos, a braços com crises profundas a nível social com as receitas insuficientes dos contribuintes e despesas imensas dos reformados. Reduzir a população por um bilião de pessoas será uma solução cientificamente viável mas é uma aberração a nível socio-cultural. E com isto põe-se outro pequeno problema. O museu é um espaço socio-cultural, será que o doutor Rapley terá o tacto necessário para conseguir ligar a ciência às pessoas?
E por fim, será que há algo nesta teoria que possa ser aplicável ao problema do aquecimento global? Fica a questão, caros blogueres, a palavra é vossa! Usem-na!
6 comentários:
É bastante complicado, mas acho que este planeta é de todos. Por isso, talvez seja melhor pensarmos mais no ambiente e menos na economia. Utopia, eu sei, mas seria o ideal.
Pois, mas se quiseres limitar o nascimento em deterimento do aquecimento global, estás disposto a trabalhar até aos 70 anos e a ganhar uma reforma a 50%?
Tens razão, mas acho que o nível de vida ocidental é tão stressante e a alimentação é tão descuidada que eu acredito que a esperança média de vida vá diminuir na nossa geração.
Pois olha que as estimativas é que suba. E desde a revolução industrial que a esperança média de vida tem subido...
No que se refere a esperanca media de vida, neste momento o problema não é até que idade vais durar, mas sim com que qualidade vais lá chegar...
Porque manter viva uma pessoa, a medicina consegue fazer, não sei e se consegue manter humano.
Pois Nuno, sociologicamente essa é uma questão a ter em conta. Agora o que interessa na economia de hoje é que se uma pessoa está viva acarreta custos ao estado não pelas reformas como também pelos custos acarretados pela maior morbidade dos idosos... Tudo isto para dizer que se reduzirmos a natalidade só podemos remediar de das maneiras. Ou se pagam mais impostos (!!) durante o ciclo de trabalho ou se recebem menos regalias aquando da reforma.
O Dr Chris Rapley mostra ser daqueles cientistas que não tem os pés bem assentes na terra. Está certo que ele se quis referir aos países emergentes mas mesmo assim não sei até que ponto a sua teoria será exequível...
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