Eu queria só referir que, em minha opinião (e concordando a 100% com o que foi dito anteriormente), o metro no Baixo Minho talvez catapultasse esta região acima da região do Grande Porto e, esta "Grande Minho" ficava em posição priveligiada para, juntamente com as áreas metropolitanas galegas, formar uma zona economicamente favorável em contexto europeu. Mas infelizmente não acredito em milagres. É difícil juntar cidades que não se entendem a nível institucional. No Minho ainda reina a mesquinhez política com laivos de messianismo e populismo e estes polos dentro de uma possível área metropolitana (Braga, Guimarães, Barcelos e Famalicão principalmente) não cederiam um milímetro por um interesse qualquer redundante pelo simples facto de que a ganhar esse tal redundante interesse ganhariam meia dúzia de votos. Eu sempre achei muita piada a estas guerras clubísticas entre Braga e Guimarães, mas sinceramente penso que está na altura de mudarmos todos (falo dos minhotos) a nossa mentalidade para sobrevivermos com a nossa força. Juntos, vamos lá. Separados, jamais alcançaremos alguma coisa. E exemplos disso não faltam.
30 outubro 2007
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9 comentários:
E quem ganha com estas guerras é o Porto. Nenhum concelho Minhoto ganha, é sempre a perder.
Pica, grande texto, subscrevo na totalidade.
Exactamente de encontro ao que eu penso! Mas quando até dentro da cidade existem lutas de galos...
No Minho ainda reina a mesquinhez política, mas sim, a Mesqui(ti)nhez política atrofiada...
Exactamente Zé de Braga, imagina lá tu que o nosso iluminado Presidente acha que a prioridade para a cidade é continuar o túnel da Avenida...
É que não percebo mesmo, sendo ele um profundo apreciador de túneis (sejam eles da Avenida ou de débito) não sei como ainda não se fascinou pela ideia do metro...
Nao percebes Koolricky... E tao simples...
Um tunel para carros pode ser construido por qualquer construtor (os do costume basicamente), um metro e uma obra especializada que dificilmente seria construida pelos nossos vizinhos.
Ora nem mais nuno.
Eu sei Nuno, estava a ser sarcástico...
estou de pleno acordo com as opiniões aqui expressas.
enquanto no país a sul se investe sem parar, o fosso não para de aumentar e o minho a perder o comboio e a ser uma das regiões mais pobres, não só de portugal mas também da europa. infelizmente, os interesses partidários entram em colisão com os interesses da região. a seguir são os interesses pessoais e o bairrismo que impedem o minho de se desenvolver.
um dos pontos de partida para a região é esta se unir e se afirmar. deve-se aproveitar a ocasião, uma vez que a região (ainda) é relativamente "independente" da região do porto, mas ao mesmo tempo não esquecer que ambas as regiões apenas têm a ganhar uma da outra. o minho apenas ganha com uma região do porto forte e vice-versa.
um metro seria um passo para a coesão e união na região. o quarteto "braga, guimarães, barcelos e famalicão" deve ser o impulsionador de uma nova mentalidade regional, supra-municipal. todos estes quatro concelhos têm populações residentes superiores a muitos concelhos pelo país fora, concelhos que curiosamente recebem muita mais visibilidade a nivel nacional do que estes, para não falar de investimentos do estado e privados.
por favor, o concelho de barcelos (apenas a titulo de exemplo, pois os outros concelhos mencionados são ainda mais populosos do que barcelos) tem mais de 120 mil habitantes!!! quantas capitais de distrito em portugal se podem orgulhar de um número destes?? ou melhor, existem distritos em portugal que no total não têm tantos habitantes como apenas o concelho de barcelos!!
numa região alargada onde vivem quase um milhão de portugueses, as infraestruturas são simplesmente irrisórias: nenhum aeroporto, os quilometros de vias férreas quase se contam pelos dedos das mãos e dos pés... as poucas autoestradas são pagas e nada baratas, o resto das estradas nacionais estão entupidas e a rebentar pelas costuras...
repare-se noutro pormenor. os estudantes universitários e as universidades. a universidade do minho é merecedor de um enorme cumprimento e é um caso exemplar mas, quantos estudantes da região são obrigados a estudar em universidades espalhadas pelo país, especialmente nas universidades a sul?? eu diria que muitas das universidades a sul apenas sobrevivem porque têm lá os estudantes de toda a região norte e se não fossem estes, elas bem poderiam fechar as portas. agora tente-se contabilizar o que esse facto implica a nivél da economia. são milhares de euros a fluir directamente das poupanças das famílias nortenhas para as caixas registadoras das cidades a sul, para os bolsos dos senhorios que ali os seus degradados quartos e apartamentos a estudantes alugam, por mês. num ano são milhões...
portugal precisa inequivocamente da regionalização. se possível um sistema federalista como existe em países do centro e norte da europa.
quanto a rivalidades entre concelhos, por um lado pode ser muito positiva pois aumenta o desafio de ser melhor, por outro lado prejudica o funcionamento da região como um todo quando se chega a temas que envolvam vários concelhos diferentes.
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