22 março 2008

Apresentação Inédita

Numa operação de charme inédita no país, os Moonspell convidaram a imprensa para um “almoço bem regado” e pré-escuta do novo disco Night Eternal no seu estúdio de ensaios - felizmente a cozinha da banda é melhor do que a da foto, tirada nas proximidades do estúdio onde pessoas vivem desumanamente. Eis uma forma interessante e muito conseguida de garantir que os jornalistas ouvem mesmo o disco, sem truques ou “fast forward”.

«O “metal brunch” é um conceito novo, fizemos na Dinamarca e resultou muito bem. Correu tão bem lá que decidimos repetir. Trata-se de uma audição do álbum, exclusiva. Ainda não está na net mas deve estar para a semana - os promos vão sair esta semana. O Mike é o cozinheiro de serviço. Mesmo que não gostem do disco podem comer à mesma. Recebemos hoje o Master com a mistura final. Como diz o outro, mi casa es su casa. É a primeira vez que a gente abre aqui as portas do inferno -alcunha do nosso local de ensaio. Bebam, comam e saudinha», anuncia o vocalista Fernando Ribeiro nas boas vindas ao estúdio da banda, um espaço pequeno mas acolhedor.

Logo à entrada, enquanto se observam instrumentos, um morcego gigante, adereços que o grupo usa em palco e um painel com bilhetes de concertos, fotografias, recortes de jornais e alinhamentos, é servida uma potente sangria “branca”. A mesa, com diversos queijos, saladas, bolachas, pães, pastéis, carnes, fruta e diversas bebidas, regala os olhos.

Primeiras impressões

At Tragic Heights, Night Eternal, Shadow Sun, Scorpion Flower, Moon In Mercury, Hers Is The Twilight, Dreamless (Lucifer And Lilith), Spring Of Rage e First Light são os temas que compõem Night Eternal.

Nesta fase da carreira, é impossível os Moonspell fazerem um mau disco. Pode não ser homogéneo (nem essa terá sido a ideia), mas numa primeira impressão a “quente”, o disco aparenta estar muito equilibrado, com um alinhamento bem definido.

Uma coisa é certa, Under Satanae é passado e o novo Night Eternal está mais próximo de Wolfheart (1995) e Irreligious (1996) embora lembre a espaços Darkness and Hope (2001) e The Antidote (2003).

Depois de três músicas muito fortes, mesmo a “rasgar”, o quarto tema, Scorpion Flower, é o primeiro single, contando com a presença de Anneke van Giersbergen (ex-vocalista dos holandeses The Gathering). Segundo Fernando Ribeiro havia várias propostas em cima da mesa, mas «a Anneke tinha a voz e presença que mais se adequava ao tema».
Com a presença da vocalista o vídeo está a ser rodado por estes dias nos Balcãs, uma preferência estética de realização assumida pela banda, podendo ser visto em breve nas televisões e internet. Outro tema, Moon In Mercury, combina muito bem com Dreamless (Lucifer and Lilith), apesar desta última estar mais pausada e com um registo vocal aproximado a… Peter Murphy.

Já Spring Of Rage é violento e provocará uma explosão ao vivo. E no final First Light tem coro e força para ser single pela ambiência épica, resumindo de alguma forma as diversas sensações que atravessam o disco.

No final, «para castigo», brinca o vocalista, escutam-se ainda interessantes temas bónus, um dos quais cantado parcialmente em português. O disco tem lançamento previsto para Maio e mal podemos aguardar por deitar as mãos a um exemplar para o degustarmos convenientemente. in Destak


Scorpion Flower - do novo disco, Night Eternal

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