20 maio 2008

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Mistura perfeita entre a fúria e a beleza
Continuam a vestir-se de negro, a povoar os cenários com caveiras e a compor um metal puro e duro. Com "Memorial" - disco que saiu em 2006 e que atingiu o top português na primeira semana em que esteve à venda - os Moonspell alcançaram a maturidade criativa. Talvez, por isso, o regresso marcado para hoje, com o lançamento de "Night eternal", é aguardado pelos fãs com muita expectativa.
"Numa comparação mais imediata, o disco anterior, 'Memorial', é mais directo, mais instintivo, que apanhava as pessoas de surpresa, quase como uma pancada seca. Já este álbum é mais dissimulante, mais sedutor. É um disco que dá duas ou três voltas cá dentro, mas agarra mesmo as pessoas", contou ao JN o vocalista do grupo, Fernando Ribeiro, escassas horas antes da banda actuar em Bucareste.
Gravado na Dinamarca com produção de Tue Madsen, "Night eternal" conta com a "uma forte presença feminina" teve a participação da cantora Annek Van Giesbergen (ex-vocalista da banda holandesa The Gathering), em "Scorpion Flower", e do coro feminino The Crystal Mountain Singers, formado de propósito para este disco, constituído pelas portuguesas Cármen Simões, Sofia Vieira e Patrícia Andrade.
A sonoridade feita da "mistura perfeita e depurada entre a fúria e a beleza" esteve ainda mais visível no conceito embrionário deste novo disco "As pessoas não se podem enganar por um significado mais 'cliché', mais gótico. É um álbum onde tentamos conferir alguma profundidade, dentro do conceito da 'noite eterna'. É uma melodia que não se encerra na noite, que a deixa ali num estado um pouco aflitivo, algo claustrofóbico. Este CD debruça-se sobre dois grandes assuntos: a terra e a mulher. Ambas são fúria e beleza. A terra é comparável ao abuso de que as mulheres também são alvo. Vi algumas fotomontagens de cidades europeias depois do caos, e foi basicamente do desconforto que essas imagens me provocaram que surgiu a ideia para este disco", retratou o músico.

Digressão mundial

Os Moonspell estão todos na casa dos 30 anos, mas já se consideram "veteranos" no metal gótico, o que lhes permite "aguentar a falta de tempo, o cansaço, a exposição e a vida intensa" que têm levado. "A banda tem esse raro privilégio de viver da música. Não há momentos mortos na carreira, mas é uma opção.
Quando a inspiração vem, não podemos dizer 'Espera aí que estou a descansar", aponta com orgulho Fernando Ribeiro.
Até ao final do ano, e segundo o calendário do grupo no Myspace - depois de uma curta apresentação acústica, hoje, em directo na Antena 3 -, a banda só actuará mais uma rara vez em Portugal, no dia 5 de Junho, no Rock in Rio Lisboa.
Porém, a digressão do mais internacional dos grupos portugueses de metal gótico - habituado a tocar para um público que varia entre as 1500 e as 40 mil pessoas - contempla, até 20 de Dezembro, mais de três dezenas de espectáculos no estrangeiro, passando por Reino Unido, Alemanha, Roménia, Hungria, França, Ucrânia, Suécia e Áustria.
"Os Moonspell cresceram como banda em Portugal, vendemos mais discos, mas ainda não é suficiente para convencer os produtores a sair do marasmo que são outros festivais, que são as queimas das fitas", concluiu, crítico, o vocalista. in JN

Moonspell na Antena 3
Moonspell na Antena 3 - formato acústico
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