31 dezembro 2006

cemitério de pianos


Cemitério de pianos é o novo livro do escritor português, José Luís Peixoto.

""Neste romance, o tema central é a transcendência, na medida em que a morte não surge aqui como fim absoluto, mas para mostrar que - apesar dela - as pessoas continuam a existir naquilo que deixaram de si", explicou o autor.

Para José Luís Peixoto, o cemitério de pianos, que designa "a zona de uma oficina onde se acumulam pianos velhos e sem conserto", é também uma representação dessa continuidade, pois são os instrumentos mortos que "cedem as peças que permitem manter vivos outros pianos".

Os narradores do livro são um pai e um filho que, em tempos diferentes mas por vezes sobrepostos, vão desvendando a história da família "numa linguagem intercalada de sombras e luz, de silêncio e riso, de medo e esperança, de culpa e perdão", lê-se no site do autor."

Com Lusa

Feliz 2007 (com cor)




















Pulso (1000 mares)



Bajofondo Tango Club, Supervielle.


26 dezembro 2006

Bravehearts de Portugal




Este documentário é um testemunho, atrevo-me a dizer histórico, que mostra de uma forma quase visceral a vida dos cada vez menos pastores da Serra da Estrela. Ilustra quase na perfeição as suas vivências, os seus costumes, sonhos, as pequenas coisas que os fazem resistir à solidão extrema, às intempéries, todas as adversidades que fazem do seu estilo de vida insuportável e ingrato para qualquer dos comuns mortais. Tudo é mostrado, diria exposto profundamente, neste documentário esmagador, brilhante, em que até os cenários, a fotografia são do melhor que já vi em televisão. Parabéns a quem tornou isto possível, e aos próprios pastores, o povo mais forte, os bravehearts de Portugal.



24 dezembro 2006

Bananeiro 2006

Porque o Natal também é para rir

Fica aqui um testemunho de um artista perdido.



FELIZ NATAL!!

Feliz Natal...

A todos que, directa ou indirectamente, participam neste blog, um Feliz Natal.

Quer seja em familia ou à porta do bananeiro, aproveitem esta oportunidade por estarem com aqueles que vos são importantes.

Abraço Natalício

23 dezembro 2006

O Presidente Vitalício




"Saparmurat Niazov, o excêntrico e autoriário Presidente do Turquemenistão, morreu dia 21 de Dezembro, de doença coronária, aos 66 anos de idade.

Niazov destacou-se na política do Turquemenistão como secretário do Partido Comunista local, em 1985. Seis anos mais tarde, envolve-se no golpe contra o então líder da União Soviética, Mikhail Gorbatchov — que durou apenas três dias — e assume o controlo do país. Em 1999, torna-se Presidente vitalício.

Desde então, gastou grande parte da fortuna nacional — obtida através da exportação de gás — em obras como um lago artificial no deserto de Kara Kum; uma vasta floresta de ciprestes para compensar o clima desértico; um palácio de gelo; uma estância de esqui; e uma pirâmide com cerca de 40 metros de altura.

Além disso, construiu o maior mosteiro da Ásia Central, denominado Espírito de Turkmenbashi, cujo custo estimado ronda os 90 milhões de euros.

Há alguns meses, o excêntrico líder anunciou que pretendia fornecer gás natural e electricidade gratuitamente aos habitantes do Turquemenistão.

Culto da personalidade

Numa das mais emblemáticas medidas que reflectiam o seu culto da personalidade, Niazov alterou os nomes dos meses do ano para homenagear os membros da sua família.

"Pessoalmente, não me agrada ver a minha cara em fotografias e estátuas por todo o lado, mas é o que o povo quer", disse, a certa altura.

O pai morreu na II Guerra Mundial e um terramoto que abalou a capital Ashkabat em 1948 vitimou o resto da sua família. Niazov cresceu em orfanatos e numa casa de familiares distantes.

O seu livro "Rukhnama", que significa "O Livro da Alma", é uma colecção de pensamentos e valores do Turquemenistão e é de leitura obrigatória nas escolas.

Após uma complexa cirurgia cardíaca a que foi submetido em 1997, deixou de fumar e obrigou toda a sua equipa de governantes a imitá-lo.

Um Estado isolado e controlado

É comum que os dissidentes do país sejam exilados, torturados ou internados em hospitais psiquiátricos.

Os media são fortemente controlados, em particular o acesso à Internet.

Em 2002, uma alegada tentativa de assassinato de Niazov deu origem a uma impiedosa reacção por parte do líder, levando a várias detenções.

O antigo ministro Boris Shikhmuradov foi responsabilizado por preparar o alegado atentado e foi condenado a prisão perpétua, num julgamento transmitido pela televisão em que confessou o envolvimento no incidente e durante o qual admitiu ser toxicodependente.

A imagem de Niazov está representada numa estátua em ouro, mandada colocar pelo próprio numa praça da capital. O monumento tem uma base rotativa que permite que esteja sempre virado para o Sol." Público 21/12/2006

22 dezembro 2006

Continuamos a ser notícia...

A cidade de Braga e as empresas a ela associadas continuam a ser notícia...

Desta vez foi a polícia municipal de Braga. As suas instalações foram fechadas logo de manhã cedo, sem que ninguém pudesse abandonar o edifício, pela polícia Judiciária (secção de crime económico) que procuravam indicios do crime de peculato.

Para quem não sabe o que é peculato:

"É um dos crimes praticados por funcionário público contra a administração em geral. Caracteriza-se pela apropriação efetuada pelo funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo,
ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio." (in, Dicionário Jurídico)
O presidente da câmara já se mostrou disponível para colaborar na investigação. Aqui vai uma dica para o Sr. presidente: Repense a sua política de contratação de pessoal e tente perceber o que falhou. Argumenta que contrata os filhos dos amigos por motivos de confiança política e afinal, na política nem há amigos nem confiança...

Está na altura de acabar com esta pouca vergonha. Contrato pessoas baseadas no factor "C" e depois têm estas desilusões, ou será para isto que os contratam??? -> espero que não

10 anos de Contra-Informação


Tudo poderá acontecer na noite de maior brilho das estrelas da política, do desporto, do social, da imprensa e das artes de Portugal: a grande gala CONTRA 1 DÉCADA, que premeia tudo o que de melhor (e de pior, e de muito mau, e de horripilante) aconteceu ao país nos primeiros 10 anos do Contra-Informação.


Durante uma hora escutará, ao vivo, extraordinários duetos, com José Cid a cantar ao despique com o primeiro-ministro José Trocas-te, os GNR de Rui Reininho com Cozinheiro e Castro, os diabólicos Moonspell com a não menos terrível Dona Odete e ainda o novo Hip Hop de Sam the Kid com o rapper Marques Pentes...
E se os bonecos não se esgotam num espectáculo de gala, a beleza ao vivo também não: O CONTRA 1 DÉCADA será extraordinariamente apresentado por Sílvia Alberto, a par com Zé Carlos Palato, (um simpático apresentador com hipocondria), e os prémios entregues em mão pela mais belas e profissionais mulheres da RTP!
Catarina Furtado, Merche Romero, Sónia Araújo, Helena Coelho, Tânia Ribas de Oliveira, Liliana Santos, Patrícia Candoso, Isabel Angelino, Dália Madruga, Judite de Sousa, Fátima Campos Ferreira entregam, entre outros, os galardões “Taça TGV” (para a personalidade que mais rapidamente se impôs no país), o “Tacho de Inox” (premeia a personalidade que se destacou na presidência de qualquer coisa), e o “Grande Prémio
Decada Horribilis” (quem ganhará a Caveira de Ouro?).
Mas, a meio desta noite gloriosa, soa o alarme no Alasca: o planeta Terra está a cuspir Portugal para o espaço sideral! A atmosfera incendeia-se! O presidente Regressado Silva e José Trocas-te formam um gabinete de crise e cooperam estrategicamente para evitar o pânico e a catástrofe. Mas será que isso é bom?

21 dezembro 2006

Inverno



Vila Nova de Cerveira

20 dezembro 2006

Alta Fidelidade


Greyfriars Bobby era um cão da raça Skye terrier que se tornou muito famoso em Edimburgo (Escócia) quando o seu dono, John Grey, morreu e foi enterrado no cemitério Greyfriars Kirkyard, em 1858. Por 14 anos após a morte do seu dono, Bobby recusou-se a permanecer longe do cemitério uma noite sequer, até à sua própria morte, em 1872.

James Brown, o antigo zelador do cemitério, lembrava-se do funeral de John Grey, e de ver o seu cão, "Bobby", que em sua opinião, era o mais triste entre os presentes.
Após o enterro, o túmulo foi fechado como sempre e, na manhã seguinte o zelador James Brown encontrou "Bobby", deitado sobre o túmulo... James Brown obviamente, não poderia permitir a presença do cão, especialmente diante da placa na entrada do cemitério proibindo a presença de animais e, não pensou duas vezes em expulsar o Bobby do cemitério.

No entanto, na manhã seguinte, apesar da humidade e do imenso frio, lá estava Bobby, novamente deitado sobre o túmulo do seu dono. James Brown não pode deixar de se comover com a lealdade de Bobby, que voltava ao seu dono mesmo recebendo o carinho e a caridade dos moradores do lugar e por isso, desistiu de expulsar o cão.

A lealdade de Bobby era tanta que mesmo debaixo de chuva ou frio, eram inúteis as tentativas de mantê-lo abrigado durante a noite. Ele sempre arranjava uma maneira de escapar e voltar ao cemitério. Os moradores do local, sensibilizados pela atitude de Bobby alimentavam o cão, pagavam as suas taxas e deram-lhe uma coleira para que fosse devolvido se se perdesse.

O ritual de Bobby durou 14 anos, até que morreu também. E sua lenda era tão forte que, após a sua morte, a baronesa Burdett Coutts mandou construir uma estátua em homenagem ao cão no próprio cemitério.
A história de Bobby foi contada por vários autores e foi filmada pelo estúdio Disney no filme de 1961, chamado Greyfriars Bobby.

Em memória de Tico e Perna X, amigos sempre fieis.


19 dezembro 2006

[etanol]



"A produção de etanol como biocarburante não só é uma alternativa que "reduzirá a dependência do petróleo" como pode "mudar a vida rural na América Latina" asseguraram terça-feira em Miami políticos e investigadores.

Para Luis Alberto Moreno, presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) - que participou na conferência em que foi anunciada a criação da Comissão Interamericana de Etanol - este álcool, extraído de produtos como a cana-de-açúcar ou o milho, vai aumentar a produção energética na América Latina.

Por seu lado, o governador da Florida, Jeb Bush, irmão mais novo de George W. Bush, assinalou que o recurso ao etanol vai "reduzir a dependência americana do petróleo exterior" e assegurar a protecção do meio ambiente.

Também presente na conferência, o ministro de Agricultura do Brasil, Roberto Rodrigues, afirmou que a "agro-energia" vai permitir "lançar uma nova civi lização".

Os políticos e especialistas reunidos em Miami acreditam que o etanol vai permitir que as nações pobres melhorem as suas economias, melhorando também a qualidade de vida de milhões de pessoas, pelo que propõem que as áreas improdutivas existentes sejam usadas para a plantação de cana-de-açúcar.

Os Estados Unidos são o segundo maior produtor mundial de biocarburantes, com 30 por cento, ficando apenas atrás do Brasil, que lidera com 34 por cento." RTP

Joe Barbera (1911-2006)




Morreu um dos criadores de desenhos animados imortais como Tom and Jerry, The Huckleberry Hound Show, The Flintstones, The Jetsons e Scooby-Doo. Eram personagens que acompanharam a infância de muita gente, quando ainda se faziam animações cheias de qualidade e educativas.

18 dezembro 2006

Mais um véu que se levanta...

A empresa Bracarense, BragaParques, aparece novamente envolvida numa grande trapalhada...

Segundo o jornal Público a empresa assinou, em 1997 um contrato com a direcção do Hospital de S. João, contrato esse que foi reformulado em 2002:


"O contrato assentou nas seguintes premissas: em troca do pagamento de 250 mil euros em material clínico, 3750 euros de renda mensal e uma percentagem de futuras receitas, a Bragaparques recebeu o terreno para construir o empreendimento imobiliário (a explorar durante 20 anos).

Com a renegociação do contrato em 2002, o hospital comprometeu-se a pagar cerca 30 mil euros por mês, em troca de obras de beneficiação no parque de estacionamento à superfície. A partir daí, o HSJ passou de credor a devedor à Bragaparques. E a dívida foi crescendo, porque a administradora que sucedeu a Jaime Duarte, Isabel Ramos, se recusou a pagar (ver cronologia)."
Estes gajos deviam ser obrigado a tirar "Braga" do nome... Em menos de um ano já é o segundo caso. Relembro o que se passou na câmara de Lisboa.

Finlândia, o exemplo a seguir


Helsinquia


Vi ontem uma reportagem na RTP N que comparava Portugal à Finlândia. Eram entrevistados/acompanhados um engenheiro português que vive em Helsínquia há alguns anos e uma finlandesa que vive em Portugal há dez anos.
Parece um absurdo comparar estes dois países, mas existe uma razão para a comparação. A Finlândia há 11 anos atrás, encontrava-se numa crise profunda, semelhante à nossa. Hoje em dia é um dos países mais fortes do mundo. Então faz todo sentido tentar saber como os finlandeses deram a volta por cima, num relativamente curto espaço de tempo. A resposta, em termos gerais, é um forte investimento em duas vertentes quase intrínsecas: educação e tecnologia.
Entre vário factores de comparação, lembro-me de alguns:

- Hoje em dia, a inflação na Finlândia ronda o 1,5%, enquanto em Portugal estamos no 2.6%;

- Sabemos que o ordenado mínimo em Portugal anda à volta dos trezentos e poucos euros, enquanto na Finlândia é de mil euros;

- Um passe de autocarro na Finlândia custa 75 euros por mês e em Portugal custa 70;

- O preço dos combustiveis na Finlandia é praticamente o mesmo que em Portugal;

- A Finlândia tem 5 milhões de habitantes, metade de Portugal, mas na Finlândia o estado investe mais de 6 mil milhões de euros na educação, enquanto que em Portugal esse valor não chega aos 6 mil milhões;

- O investimento na educação é sério e rigoroso. Tanto as refeições nas escolas, como o transporte de crianças e mesmo os manuais escolares, são gratuitos. As crianças finlandesas, no primeiro ciclo, entram descalças para a sala de aula para se sentirem como se estivessem em casa. Nessa idade aprendem intensiva e progressivamente a matemática, à base de jogos e aplicações directas, sendo o país europeu com melhores resultados nesta disciplina. Nesta idade também, aprendem a ir para casa e esperar pelos pais, sozinhas.

- Uma mãe finlandesa tem direito a ficar com o seu filho até aos 3 anos; no nosso país a licença de paternidade é muito inferior.

- Uma consulta no médico de família português, tem em média um a dois meses de espera, enquanto que na Finlândia é quase instantânea; cá esperamos anos por uma cirurgia, enquanto que lá a espera aumentou agora para 3 meses, o que significa que já foi menor.

- A capital da Finlândia e arredores não tem engarrafamentos e a taxa de utilização dos transportes públicos ronda os 70%, sendo a meta do governo atingir os 90%, uma vez que existem campanhas de publicidade e fortes incentivos aos utilizadores. O mesmo não se passa em Lisboa, onde o tráfego é caótico e a ocupação dos transportes públicos é de 36%.

O finlandês nunca chega atrasado ao trabalho. Um atraso de mais de 5min é impensável. Sabe-se que os finlandeses não fazem amigos com facilidade, são reservados e tem que suportar temperaturas gélidas e poucas horas de luz no Inverno. Na Finlândia não existe a cultura do café, durante a semana eles trabalham, descansam e aguardam por 6ª feira para irem à casa de campo, onde se divertem e consomem álcool para descomprimir. Na Finlândia pagam-se os impostos.
Estes, entre muitos outros, foram parâmetros de comparação apresentados na reportagem. Parece-me importante sublinhar que, a Finlândia estava em crise, entrou na União europeia em 1995 e é, pode dizer-se um país periférico tal como nós. Portugal entrou na União Europeia há 20 anos (!) e não ata nem desata... estamos ainda em crise, menosprezamos e destruimos a educação e a investigação, não nos livramos da corrupçao, etc... Eles estão como estão porque reagiram, conseguiram identificar o problema e investiram com seriedade naquilo que acharam essencial. Cumpriram e cumprem as obrigações.

16 dezembro 2006

Ser culto em Portugal - um luxo

Muita gente se queixa que em Portugal se lê pouco. Vê-se muita televisão mas ler, não é hábito dos Portugueses. Pudera, comprar um livro é um luxo! Diz-se que as pessoas preferem gastar €15 num jantar (que se devora em 1h) a um livro (que demora quanto tempo se quiser). Isto é comparar alhos com bugalhos portanto vou fazer outra comparação - o preço de um livro em Portugal e no Reino Unido.
O nível de vida no Reino Unido é muito mais caro. Os ordenados são mais altos e as pessoas têm mais poder de compra. Mas as pessoas que fazem os livros (e os custos de produção, creio) também serão mais caros no RU do que em Portugal.
Recentemente, li um livro espectacular que recomendo a toda a gente. Kafka à beira mar (tradução Portuguesa) por Haruki Murakami. Custou-me £5 (€7.5) mas comprei-o em promoção porque o seu preço era £6.99 (€10). Como é natal resolvi oferecer este livro como presente de natal e qual não é o meu espanto quando, em Portugal, o livro custa €20!!! Então num país onde o papel é ao mesmo preço (pelo menos assim o é com o papel branco) e os custos de produção são mais baixos como é que pode um livro custar... O DOBRO? Este é um dos muitos exemplos que eu posso citar. Os livros em Portugal são caríssimos!
Quem ganhará com isto? O consumidor não é, de certeza. O país também não, pois com um povo mais ignorante teremos com certeza, menos produtividade, empreendedorismo ou simplesmente cultura.
Se com livros mais baratos leremos mais é uma questão que não ponho aqui. Eu de certeza leria mais em Português. É que nos últimos anos tenho lido cada vez mais em Inglês, é que... sai mais barato!

febre delirante (?)


O responsável da SAD do Sporting de Braga está magoado com a cidade e com o fraco apoio dos adeptos. António Salvador, num discurso que soou a desabafo, está a equacionar a possibilidade de sair da direcção.

“Este clube está com uma grande afirmação desportiva nacional e internacional, tem os seus problemas financeiros resolvidos, mas os adeptos continuam desligados do seu clube”, observou o líder bracarense, referindo-se à fraca assistência na ‘Pedreira’, tendo em conta a importância do desafio para o futuro do Sporting de Braga na Taça UEFA.

“Depois de tudo isto, temos que pensar, eu e a minha administração, se vale a pena continuar a trabalhar para um projecto credível. Esta foi a resposta que a cidade e os associados deram ao trabalho que temos vindo a desenvolver”, acrescentou, desolado.

Num tom de crítica viperina, António Salvador foi mais longe. Disse que “não sabia” se era uma “decisão certa” o Sporting de Braga continuar na Taça UEFA, afirmando mesmo, com ironia, que estaria a estudar a hipótese de “mudar o clube para Guimarães ou para o Porto!”, numa alusão à afluência ao estádio daquelas massas associativas.

Nojo e desilusão
Questionado se estava a pensar abandonar o projecto num momento alto para o Sporting de Braga, António Salvador voltou a reagir a quente.

“É uma questão a pensar. Tudo isto que tem acontecido no futebol português deixa-me triste. Esta quarta-feira, cheguei a casa e vi notícias que me deram nojo, pois envergonham o futebol português e todos os portugueses! Sinto-me envergonhado com o que se tem passado…”, reforçou.
sportugal



Sinceramente, o presidente Salvador até tem um fundo de razão: é preciso mudar a mentalidade dos bracarenses. O problema foi ele ter tentado aplicar terapia de choque quando se sabe que há coisas que levam o seu tempo e obviamente, ter dado o exemplo do Vitótia de Guimarães de uma forma tão contundente.
A mim, directamente não me atingiu nem um bocadinho, por dois motivos:
fui ver o jogo do Braga ao estádio e, novamente rivalidade aparte, reconheço a devoção e fidelidade dos adeptos do Vitória.
Existem graves defeitos no Estádio Municipal de Braga, isso é um facto. Tem fracos acessos, péssimo estacionamento e imensas escadas. De resto, não lhe aponto rigorosamente mais nada. Não é um estádio frio porque a cidade de Braga em si é fria, não há nada a fazer.
No que Salvador falhou mesmo, e lhe retira quase toda a legitimidade, é que antes de ele criticar qualquer adepto braguista, deve olhar para a organização interna do seu clube. Assim, deve rever profundamente TODA a política de marketing, TODA a máquina organizativa no que se refere à venda de bilhetes e inscrições de sócios. É inadmissível que, em pleno século XXI, o pretendente a 4º grande:

-> não tenha um sistema de pagamento de cotas e bilhetes por referência de Multibanco;

-> tenha uma loja de tão fraca qualidade enfiada num buraco que ninguém vê;

-> não exista uma loja virtual com produtos variados e que, não estejam sempre esgotados ou que simplesmente não contemplam as crianças.

Devo dizer que já existem algumas evoluções, tal como a venda do RedDream Pack ou a assinatura do protocolo com a Universidade do Minho, mas há ainda muito que fazer. Quando o Braga evoluir mais e melhor, aí sim, o presidente pode criticar os sócios que ficam em casa.

13 dezembro 2006

acreditar

Ainda na enxurrada da super-produção “Eu, Carolina”, e no meio de tanta podridão vergonhosa que se vai conhecendo diariamente do futebol em Portugal, vi que afinal ainda se fazem coisas boas. Rivalidade aparte, o exemplo vem do vizinho Vitória de Guimarães, tal como já o tinha feito o Barcelona com a UNICEF.



"A “Acreditar”, Associação de Pais e Amigos de Crianças Com Cancro, desenvolve uma acção de apoio a crianças que lutam contra o infortúnio daquela doença, reunindo meios que possam atenuar o seu sofrimento e procurando condições que lhes permitam usufruir da dádiva suprema que é a vida.

O trabalho daquela associação, que cobre todo o País e já chegou a Guimarães, traduz um sentido de solidariedade perante o qual a indiferença é impossível.

Ao conhecer o esforço da “Acreditar”, o desvelo e ternura que por parte dos que nela exercem o mais nobre voluntariado envolve os dias das crianças afectadas pela doença e suaviza o sofrimento dos seus pais, o Vitória Sport Clube disponibilizou-se para apoiar esse exemplar trabalho, oferecendo à Associação, através da celebração de um protocolo, o uso da frente das camisolas da equipa principal, para a divulgação da missão da “Acreditar”, como forma de, ao publicitá-la, sensibilizar o público em geral e as Instituições de todo o País para o apoio que aquela obra merece.

Este protocolo contempla ainda a oferta de uma percentagem dos resultados obtidos com a venda da camisola oficial do Clube e outros produtos vendidos nas lojas do Vitória, incluindo aquela que vai localizar-se no Continente de Guimarães.

O Vitória colocará também à disposição da “Acreditar” alguns lugares no estádio D. Afonso Henriques proporcionando às crianças desta associação e seus pais algumas horas de lazer desportivo. (...)"
VSC

12 dezembro 2006

[mesa da ciência]




fonte: Google Analytics

A morte de Pinochet

Confesso que o que menos gosto é de saber que alguém, seja quem for, morreu. No entanto dei-me comigo próprio num misto de alegria e tristeza ao saber que o General Augusto Pinochet tinha morrido. Alegria porque o mundo não é um sítio para pessoas que mataram, torturaram e usaram tantas pessoas como fez Pinochet durante os 17 anos em que governou o Chile com uma das mãos mais pesadas de sempre. Tristeza porque queria que fosse condenado por tudo aquilo que fez - a morte foi um castigo muito brando para este homem.
Para quem não sabe. Pinochet foi o homem que orquestrou o golpe de estado contra Salvador Allende, o primeiro governo comunista eleito pelo povo. Desde então, contolou o Chile com uma verdadeira mão de ferro. Trago aqui ao blog o exemplo do Estádio de Chile, no qual mais de um milhar de prisioneiros foram enclausurados e torturados barbaramente. Entre eles, Victor Jara, escritor, poeta e músico. Reza a história que lhe ordenaram que renunciasse ao Partido Comunista. Ao recusar-se a abdicar dos seus ideais, esmagaram-lhe as mãos para depois pedir para tocar a sua viola. Acabou completamente desfigurado, torturado até à morte. O estádio, posteriormente foi renomeado para Estádio Victor Jara.
Pinochet foi deposto e anos depois foram descobertas várias contas avultadas em bancos Suíços. Mais recentemente, um juíz Espanhol conseguiu emitir um mandato de captura internacional, quando Pinochet estava na Grã Bretanha por motivos de saúde.
Os processos que foram iniciados estão em risco de perecer, mas tudo vai ser feito para que isso não aconteça, garantem políticos e magistrados Chilenos, Espanhóis e Britânicos. Esperemos que aqueles que colaboraram com Pinochet e ainda vivem possam pagar pelo mal que fizeram a quem acreditava, tão somente, num ideal diferente.

Dedico este post à minha amiga Valentina Montoya-Martinez, cujo pai, militante do partido comunista, morreu às mãos deste regime.

O sucesso do café e o sabor da ciência...

Ontem à noite foi um sucesso...

O primeiro Cafe Scientifique da península Ibérica, foi sem dúvida um sucesso... No pico estiveram lá cerca de 35 pessoas. Entre pessoas da área das ciências exactas às ciências sociais, todas as áreas do conhecimento estavam lá representadas...

Mais uma vez o espírito "mesa da ciência" reinou!

Já estou à espera do próximo ;-).

P.S. Para os que lá estiveram deixem a vossa opinião para se poder mudar o que esteve mal e tornar o cafe ainda mais "sexy" ;-)

10 dezembro 2006

09 dezembro 2006

Adolfo Luxúria Canibal


- Por que é que não achou piada à advocacia?
- Porque se tem que estar na depend
ência do juiz, na subserviência a alguém que manda, e isso irrita-me solenemente. Irrita-me a ideia de ser mandado por pessoas que fazem gala em mandar. Porque há formas de levar o barco a bom porto sem puxar dos galões.


-
O português é fechado, picuinhas e muito tacanho, afirmou. Importa-se de explicar?
- O português tem a tendência para não dizer não, para aceitar a docilidade e procurar formas escorreitas e não frontais de fugir às suas obrigações. As coisinhas, a propriedadezinha, o assassinato por causa das águas que passam no terreno, os insultos no trânsito. Existem inúmeros sinais dessa nossa pequenez. Noutros países não vejo as pessoas saírem dos carros para insultarem ou agredirem.


- Foi o terceiro melhor do distrito de Braga a correr os 60 metros, jogou andebol na selec
ção de andebol da sua escola. Qual é a sua relação com o desporto?
- Nenhuma.


-
Ainda tem avers
ão ao futebol?
- Já tive mais. Gosto de ver um bom jogo, mais na televisão que no estádio. Desde que estou em Braga sinto alguma piada em acompanhar o clube da terra, sempre de forma distante.


- Afirmou que
os políticos portugueses são do pior que se pode encontrar?
- Acrescentaria que os políticos portugueses são tão maus como os de qualquer outra parte do Mundo.

- É por isso que nunca vota?
- Não é só por causa das pessoas. É porque não me revejo a ser representado por outrem, seja ele quem for. Sobretudo quando essa representação é um cheque em branco que serve para tudo. Representações abstractas não me dizem nada.


-Aos onze anos fez uma revolta caseira para não ir à missa. Lembra-se porquê?
- Basicamente porque a missa era uma chatice. Não vou a nenhuma desde essa altura, há 34 anos.

- Acredita que nada mudou?
- Acredito que nada tenha mudado.

- Não tem afeição à igreja?
- Acho uma coisa repugnante.

- Lembra-se do concerto no Douro em que não vos queriam pagar e um colega vosso sacou de uma pistola e encostou-a à cabeça do promotor dizendo: “Ou pagas ou mato-te”?
- Vagamente. Lembro-me dessa história ter sido motivo de piada durante muito tempo. Essa situação acontecia muito quando os Mão Morta eram uma banda pequena e não havia contratos assinados. Quando os cachés triplicaram as pessoas deixaram de dar banhada ao grupo.

- Deu sete cortes na perna, desmaiou e foi suturado com 20 pontos. Como é que é possível uma coisa destas?
- Aconteceu. Não foi o primeiro concerto em que usei lâminas. Num gesto feito sem medo nem hesitação passei a faca na perna e com o calor e a adrenalina as passagens da faca não foram sentidas. Só no último corte, o mais profundo, senti algo. Ao passar a mão pela perna dei conta que tinha uma catarata a jorrar. Dois músicos estavam quase a desmaiar mas aguentou-se o concerto até ao fim. Quando cheguei ao hospital e vi que tinha a perna num estado lastimoso fui-me abaixo.

- Lembra-se de ser pontapeado por um polícia em Mirandela?
- Foi uma coisa absurda. Os polícias a darem pancada, os músicos a acelerarem a batida. Quando um dos polícias começa a dar-me uns pontapés precisos alguém diz: “Não toque nesse senhor que ele é advogado”. De uma forma caricata, espécie de reacção automática, o polícia retira o pé e faz de conta que não é nada com ele. Isso é sintomático de uma certa mentalidade portuguesa.

- Já afirmou que o único bem cultural de Braga era a televisão. Braga é desalentadora?
-Essa era irónica. Chamar bem cultural à televisão era sinal do desespero em que a cidade vivia. Depois disso já disse que o seu único bem cultural era a Bracalândia. Felizmente temos de volta o Teatro Circo com uma programação que tem suprido o desalento que é o quotidiano desta cidade. Deixei de passar na Brasileira e de encontrar os amigos de juventude porque os poucos que saem não contam nada. A partir do momento em que passei a morar em Braga, as novidades secaram e o que existe é uma maledicência generalizada e uma pasmaceira.

- Vinte anos de estada em Lisboa, cinco em Paris, há um ano de retorno a Braga. Onde é que se sente em casa?
- Em lado nenhum. Em Braga, por exemplo, sinto-me em casa e ao mesmo tempo há um grande desconforto porque ela não me provoca nem me desafia. É terrível, causa envelhecimento precoce.

- O que espera do seu futuro?
- Não espero grande coisa. Não me sinto traído face a mim próprio. A única coisa que me arrelia é sentir que fisicamente já não tenho 30 anos; que há algo que me abandona. Questões de fígado, de dores em articulações, nas costas, inflamações. Há aqui uma decadência física que espero não seja muito rápida nem gravosa.

in Correio da Manhã - 9/12/2006

O Oásis ou A China - parte II

O crescimento da economia chinesa está a originar um movimento nunca antes visto nos mercados mundiais. Os chineses estão cada vez mais consumistas. Em Shangai por dia passeiam-se três milhões de pessoas pela principal rua da cidade. Uma rua de 12 kilómetros com lojas dos dois lados.
Mais do que consumistas, os Chineses estão a adquirir novos hábitos, muitos deles devido ao novo-riquismo crescente. Entre outros, o consumo de bebidas alcoólicas cresce todos os dias. E é por aqui que nos podemos "vingar" da afluência de produtos chineses em Portugal.
Os chineses não produzem vinho. Mas bebem cada vez mais. Está nas nossas mãos anteciparmo-nos aos outros produtores de vinho e "invadir" o mercado chinês NÃO SÓ COM VINHO mas também com campanhas de publicidade bem desenhadas e direccionadas. Temos que pôr o vinho Português como uma moda!
Mais do que vermos os produtos chineses a invadir os nossos mercados e cruzarmos os braços praguejando contra tudo e todos sem nada fazer, temos que ser empreendedores e valentes.

08 dezembro 2006

[desencontros]


"A par da canção, que se apresenta como um "protesto contra os músicos portugueses que cantam em inglês", foi lançado um videoclip corrosivo, no qual o rapper toma de assalto uma rádio, e nomes como Rui Velosos, e até José Mariño (director adjunto da Antena 3) surgem como seus apoiantes.
Fernando Ribeiro, vocalista dos Moonspell, avisa não querer "entrar em polémicas", mas admite que a banda não gostou de ser alvo das críticas do rapper: "Ficámos tristes e desiludidos. Custa-nos ver músicos como rui Veloso pactuarem com um vídeo que, apesar de defender a nossa língua, é agresivo e completamente americanizado...", afirmou o cantor, depois de ser alertado pelos fãs que, irritados, inundaram o forum dos Moonspell com "protestos e mensagem de apoio". "A comparação feita com o nome dos Moonspell é infeliz. Fizemos mais por Portugal do que qualquer banda de hip-hop. Levamos para fora poetas como Pessoa, Cesariny, José Luís Peixoto. Já gravamos em português. A nossa música tem muito mais de portugalidade que o hip-hop. Cantamos em inglês, porque essa é a língua de comunicação no heavy", acrescenta.
Sam the Kid, por seu turno, garante que não teve a intenção de atacar os Moonspell: "até os admiro por tudo o que conseguiram. Esta canção é um alerta aos músicos que cantam em inglês para vender mais... Afinal, a Dulce Pontes e os Madredeus, que também refiro na canção, internacionalizaram-se, mas em português". Quanto a ter adoptado um nome artístico em inglês, facto também satirizado no vídeo, Sam reconhece: "Canto hip-hop, e se calhar até sou mais americanizado que o David Fonseca, que canta em inglês. Foi por isso que também me caricaturei. Sabia que íam pegar por aí."

Correio da Manhã - 09/12/2006





"Caros.
Apesar de nunca ter reagido oficialmente aqui no forum à letra/celeuma do Sam the Kid in Poetas de karaoke, fui abordado pelo CM para o fazer. De forma a esclarecer o que sinto/penso acerca deste assunto, especialmente quando tenho uma opinião (que levei tempo a formar, acreditem) já amadurecida sobre ele, podem consultar um excerto da minha perspectiva sobre esta "polémica" nas páginas deste diário, na edição do caderno Êxito.

Tenho a acrescentar:

- Que se deve descontar o dramatismo e a deslocação própria de uma publicação e de uma "tradução" da conversa telefónica que mantive com a jornalista. Não estamos em guerra com ninguém, apenas em desacordo.

- Que a liberdade de expressão tem duas vias. Neste caso uma que permite ao Sam the kid criticar e opinar em verso sobre bandas e artistas que cantam em inglês com este ou aquele objectivo; e outra que permite aos visados discordarem e sentirem-se mal ou incomodados com o exemplo. E foi a essa conclusão que cheguei.

- Finalmente, apesar de não ser expert nem sociólogo musical, penso que o Hip Hop é uma música de cariz duplo que varia entre o entretenimento e a crítica. Esta letra e canção prendem-se mais com a última vertente, penso eu. Daí que esteja absolutamente convicto de que o autor da mesma se insurge, não gosta e não aprova que as bandas compostas por Portugueses cantem em inglês com fins maioritariamente mercantilistas.
Nessa óptica, discordo em absoluto (como já afirmado anteriormente, em outras ocasiões) porque o autor faz tábua rasa de coisas importantes como, por exemplo, o Inglês como língua e por consequência, forma de expressão; ou pela míriade de possibilidades de comunicação que o Inglês comporta e que toda a gente utiliza em seu proveito, quer o Hip Hop quer o Heavy. Nestas premissas e em muitas outras particularidades que seriam interessantes mas demasiadamente maçudas para um assunto que o tempo irá comer rapidamente, se baseia a minha opinião em nome do que represento em Moonspell. Não é intolerância ou picardia, apenas o que concluo após aturado "estudo". Acrescento ainda que o Hip Hop em Portugal pouca ou nenhuma razão de queixa tem a nível de rádio, Imprensa ou televisão, coisa que, infelizmente, o Heavy se pode e deve queixar. Por isso e , pessoalmente, sublinho, acho o tema da canção estranho pois conheço muito poucas ou nenhumas bandas de Hip Hop/MC's a cantar em Inglês o que retira algum sentido ao alvo assumido pelo autor nesta canção; e atrevo-me até a dizer que existe um bocado de mania da perseguição/paranóia não patológica em muito do Hip Hop que ouço, involuntariamente, confesso (radio, Tv,etc.)

-Desejo ao Sam uma carreira feliz, com um abraço, repito que estou em completo desacordo com a sua mensagem e espero que ele aprenda a defender as suas visões pelo menos com tanta convicção como os Moonspell o fazem nas suas ficções/realidades. E uma delas é que continuo a acreditar que existe mais "portugalidade" (conceito) numa nota/palavra de Moonspell que em todo o Hip Hop Português. E que o Heavy Metal permite-nos viajar até às raízes culturais de um povo (através do Inglês) como nenhum outro estilo. As etnias escandinavas com o black ou viking Metal, as celtas com as bandas Inglesas e Irlandesas, as lusas connosco ou com outros, até as japonesas, é só pesquisar." Fernando Ribeiro (forum Moonspell)

7 maravilhas


Está aberta a votação das 7 maravilhas de Portugal.

[repetição deste tópico, para relembrar]


O Café Scientifique é um espaço de discussão informal, de entrada livre, que pretende trazer ao público geral as inovações científicas pela mão dos "experts" na área. Com base no Reino Unido, o Café Scientifique tem filiais em todos os continentes, sendo esta a primeira em Portugal.

A sessão inaugural é Segunda, dia 11 de Dezembro, às 21h45, no Estaleiro Cultural Velha-a-Branca, no Largo da Senhora-a-Branca, nº 23, em Braga. Esta sessão, conta com a convidada, Professora Doutora Isabel Ferreira, que apresentará o tema:

Energia - Presente e Futuro

Para mais informações, consultem os seguintes sites:

http://www.csbraga.blogspot.com
http://www.velha-a-branca.net
http://www.cafescientifique.org


Cafe Scientifique - Braga


Carolina Salgado

"Pinto da Costa recebia árbitros em casa.
O prometido livro de Carolina Salgado já está nos escaparates. Ao longo de cerca de 150 páginas, a ex-companheira de Pinto da Costa relata a experiência da sua vida de 29 anos, dando particular destaque aos 6 em que viveu lado a lado com o homem que conheceu quando trabalhava no Calor da Noite, bar de alterne da cidade do Porto, e que considerava como “pai” dos seus dois filhos.
Num relato onde não esconde a revolta com muitas coisas que agora considera erradas e injustas, Carolina traça um panorama bastante cinzento dos bastidores do futebol português, denunciando um sem-número de situações obscuras.
“Comparado com o que vivi e passei, o Calor da Noite, o mundo da noite e do alterne é quase como um jardim infantil povoado de inocentinhas criaturas”, revela.
Entre muitos episódios curiosos, a autora dá grande destaque às incidências do célebre “Apito Dourado”, garantindo que todo o processo provocou enorme agitação em Pinto da Costa. Ainda sobre o mesmo assunto, é revelado que foi o advogado Lourenço Pinto quem, na véspera da ida da Polícia Judiciária à sua casa na Madalena, avisou o amigo do que estava prestes a suceder, ajudando-o a preparar a fuga para Espanha, bem como o regresso para prestar declarações (devidamente ensaiadas) às autoridades.
Carolina adianta ainda que, caso Pinto da Costa tivesse ficado detido após o interrogatório, os membros dos Super Dragões iriam invadir o tribunal para libertar o presidente. Depois, a ideia era voltar para Espanha e esperar, serenamente, que toda a agitação acalmasse..."
Record, 08/12/2006
"O presidente do FC Porto quebra o silêncio e fala em exclusivo ao Correio Vidas sobre a intenção da ex-companheira de publicar alguns segredos. Sem receios, Pinto da Costa até se ofereceu para escrever o prefácio da obra."
Correio da Manhã, 02/12/2006
Diz-se que quem já leu o livro está absolutamente espantado. Deve ser equívoco. A senhora em causa, além de descrever cenas relacionadas com o futebol e da vida diária do Sr. Pinto da Costa, descreve ainda cenas da sua intimidade. Que tipo de pessoa é esta? Em que mundo vivemos? Qualquer pessoa normal evita expôr a sua intimidade perante a opinião pública. Tal procedimento é digno, independentemente do que se tenha passado. Provavelmente, cada um traça o seu destino em cada momento e em cada decisão. Tal como o Sr. Pinto da Costa traçou o dele ao conviver com uma pessoa que trabalhou no "Calor da Noite".
Além disso, fiquei chocado com o que ouvi na televisão. Segundo o que consta no livro, o Sr. Jorge Nuno Pinto da Costa brindou com champagne a derrota de Portugal na final do Euro 2004.
A conclusão que tiro disto tudo é eu sou muito inocente. Cheiro a óleo Jonhson para bébe ...

06 dezembro 2006

vento na estepe









Astana é o nome da nova capital do Cazaquistão. Outros países já construíram capitais futuristas, noutros tempos, Brasília por exemplo, e outras cidades tiveram construções febris, mas planeadas, tal como no Dubai ou mesmo a capital imperial que mandava no Cazaquistão – Moscovo.
Mas, nenhuma almejou ser tão grandiosa como Astana, nem criar uma capital, e ao mesmo tempo, uma identidade nacional moldada sobretudo num único homem:
Nursultan A. Nazarbayev – o presidente do Cazaquistão desde a sua independência.
Inúmeros edifícios altamente caros e sumptuosos estão a ser construídos.

Claro que nem tudo é pacífico nesta utopia megalómana de fundar uma nova capital, Astana, no centro das estepes, em detrimento de Almaty, esta junto da fronteira com a China e muito mais cosmopolita. Então, o presidente do Cazaquistão invocou as razões de Pedro o Grande em mover a capital da Rússia para S. Petersburgo, e as de Ataturk que moveu Istambul para Ankara. O próprio nome foi escolhido: Astana significa capital.

A cidade está a ser pensada de forma a crescer significativamente por forma a atingir um milhão de habitantes, em 2030, contra os 600 mil actuais. Mais de 7 milhões de euros já foram investidos, com mais biliões a caminho, inequivocamente.
Sublinhe-se que esta majestosa cidade também terá gigantescos espaços verdes, o que é sem dúvida de louvar. Claro que no projecto trabalham arquitectos famosos de todo o mundo. A planta inicial foi criada por um japonês, embora outros a tenham melhorado e completado.
Existe uma pirâmide com elevadores nas arestas, que quando finalizada terá teatros, um parque aquático e jardins suspensos, imitando nada mais que os Jardins da Babilónia… No centro da cidade será construída uma torre imensa, de vidros azuis e em forma de bala, que simbolizará o chapéu tradicional do Cazaquistão.
Será erguida a maior torre da Ásia central, torre essa que o presidente só conhecerá aquando da sua inauguração. Inesquecível é a mão do presidente, esculpida num triângulo de prata e ouro no seu palácio. Diz-se que quem lá puser a mão, terá sorte e prosperidade.
Não falta também um estádio novinho em folha, que deslocou inúmeras famílias para outras paragens. Os edifícios são tão futuristas e bizarros que os habitantes locais já os baptizam com alcunhas. Um chama-se mesmo Titanic, que era tão pesado que as próprias fundações não aguentaram e abriu-se uma brecha imensa.
Prevista está também a construção de uma universidade fortíssima, que segundo o presidente, será a Oxford ou a Harvard da Ásia Central.

É sem dúvida uma ideia, embora não sendo ímpar, fruto da ambição de um presidente com sonhos faraónicos que podem endividar o país, onde a oposição simplesmente é abafada. Ninguém sabe o que o futuro reserva a esta cidade e ao próprio país, mas projectos gigantescos quem não os teve?
No cinema, um inglês goza com este país, embora o reino unido tenha uma história recheada de coisas inúteis, vaidosas e recordistas: Titanic, Queen Mary II, Estádio do Wembley, etc.
Nós, fizemos recentemente uma expo e dez estádios, sem os retornos esperados, se é que alguma vez o foram.
Se me disserem que este presidente do Cazaquistão é um ditador louco, com a ideia de fazer uma metrópole mundial à custa de um país em que a população vive mal, aceito. De qualquer forma, quer se fale bem ou mal de Astana, sempre se falará e isso atrai as pessoas e o investimento. É pura publicidade.

Contudo, em Portugal, temos um governo com a máscara da democracia, que vai referendar a lei do aborto, que usa e abusa da legitimidade obtida na maioria absoluta, e que, num tique nervoso, quer impor o comboio de alta velocidade caríssimo e desnecessário, além do aeroporto nos terrenos da Ota, faraónico (lembram-se do de Macau?), a um povo obrigado a recuperar o país. As diferenças, daqui para o Cazaquistão, se existem, são muito ténues, no que respeita à fase de idealização dos projectos. Mas se compararmos as vantagens e desvantagens em ambos os casos, aí é que já são contas de outro rosário.

Portugal embora precise, não gosta de apertar o cinto, prefere apertar a forca… muito devagarinho.

05 dezembro 2006

Maradona


"Diego Maradona não tem emenda. Os quatro dias que passou em Moscovo a acompanhar a final da Taça Davis disputada entre a Rússia e a Argentina - os russos sagraram-se bicampeões - foram marcados por mulheres, apostas no casino, insultos e sobretudo muito álcool de acordo com o jornal "Twoi Djen". E enquanto Maradona se divertia à grande na cidade moscovita, o seu médico pessoal Alfredo Cahe, expressava a preocupação em Buenos Aires: "Preocupo-me que quando viaja não o possa acompanhar. O Diego já pesou 75 quilos, mas agora excedeu, pesa 81. Tem quilos a mais que já estamos a atacar com uma dieta."O diário "Twoi Djen" conta que no primeiro dia de prova, na última sexta-feira, foi jantar a um restaurante francês. Estava tudo a correr dentro da normalidade, até que o ex-futebolista, acompanhado da ex-mulher, Claudia Villafañe, desata a beber vodka sem parar. Já completamente bêbado começou a insultar as mulheres presentes na sala de jantar. Depois do restaurante, a "fiesta" seguiu no hotel onde estava hospedado tendo sido levado para o quarto pelas acompanhantes, pois o campeão do Mundo de 86 não se segurava de pé. No último dia da Taça Davis, o ex-internacional argentino assistiu à consagração da Rússia depois de Jose Acasuso ter perdido frente a Marat Safin. Apesar da tristeza da Argentina ter perdido o troféu, Maradona conseguiu controlar-se no "court" - a Federação Internacional de Ténis avisou-o que se houvesse exageros seria expulso - mas à saída voltou a fazer das suas ao urinar para a roda de um carro na presença dos jornalistas."
É o preço de ter sido o maior.
www.iol.pt 05/12/2006

03 dezembro 2006

Escolinhas do Benfica