06 fevereiro 2007

Fim de poema

Para que nem tudo vos seja sonegado,
cultivai a surdina.

Em surdina, preparo os utensílios,
em surdina, preparo-me para morrer...
Amo-te! Chut! Em surdina!

A minha vida, nesga entre dois ponteiros,
fecha-se,
em surdina.

Sebastião Alba, inédito

Uma pequena homenagem ao amigo que partiu.

1 comentário:

Francisco Rodrigues disse...

Ricardo,

esse poema é brilhante. É quase para se perguntar se foi escrito por algum humano, o Sr. Dinis abriu o livro.