11 fevereiro 2007

Triste e revoltado

Abstenção ~ 60%

É incrível como um país que se quer um país de primeira linha se está tanto nas tintas para eleições.
Talvez o problema não esteja ns governos, talvez esteja nas pessoas!

3 comentários:

Francisco Rodrigues disse...

Isto não era uma eleição, era um referendo.
De qualquer forma há que se analisar porque é que 4 milhões de portugueses não foram votar. Se calhar foi por os partidos políticos terem-se metido ao barulho; talvez o mau tempo; talvez o fanatismo da igreja; ou por nao concordarem com a pergunta; ou por detestarem visceralmente a classe politica que goza com o povo; ou por nao acreditarem nesta nossa democracia; por tudo....não faço a menor ideia.
Devo dizer que votei sim. Motivo? Despenalização. Basta-me.
Fui durante toda a campanha um NÃO, não convicto. Note-se não convicto.
Na democracia, e num referendo desta índole tão intimista e que apela a uma consciência profunda, reservei-me o direito de pensar ponderadamente, sempre com uma atitude de máxima prudência e, acima de tudo observação. Desconfiei sempre ligeiramente daqueles que eram absolutamente convictos, ou do SIM ou do NAO, não conseguia perceber tanta determinação, mas isto não me incomodou ou influenciou minimamente. Em democracia, e na nossa democracia, existe o dia (sábado) de reflexão e desta vez usei-o ao máximo.
Não concordo que as mulheres tenham que responder em tribunal por abortarem, nem concordo que elas tenham que abortar em talhos, caso não sejam ricas. Mas também não concordo que o aborto se torne num acto banal, à fartazana. Espero que isso não aconteça. E custa-me pensar que um feto de 10 semanas vai ser abortado, seja qual for a razao. Mas, para mim, a lei que punia com 3 anos as mulheres falou mais alto que tudo. São as minhas razões e não são melhores que qualquer outra pessoa que tenha votdo. Que fique bem claro.
Quero deixar um voto muito negativo ao ministério da educação, porque no inicio deste problema todo reside muita falta de formaçao e informaçao do povo portugues na educação sexual, mas não só. Este é para mim o problema principal.


Fui votar às 18.45h e, na Carlos Amarante havia ainda centenas de pessoas, tal como eu, a votar aquela hora.

NA disse...

Os primeiros sinais do pós-referendo são positivos... Defensores do não realinham posições para o debate das especificidades da lei.

Responsáveis políticos (entre eles o primeiro ministro) asseguram que vai haver um período de reflexão entre a primeira consulta e o processo abortivo em si...

O assunto ainda vai dar muito que falar... Esperemos que pela positiva...

Pedro Morgado disse...

É inequívoco que o país votou SIM.

É desolador olhar para os dados da abstenção.

De qualquer forma sou contra o instituto do referendo nacional.