17 abril 2007

Ligação Ferroviária Braga - Guimarães II

"A ligação ferroviária entre as cidades de Guimarães e Braga é um dos projectos que o presidente da Câmara de Guimarães, António Magalhães, vai indicar à Comissão de Coordenação de Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN) com vista a integrar o Plano Regional de Ordenamento do Território da região (PROT-Norte). Os outros projectos, segundo adiantou, esta semana, o autarca socialista, são a Via do Ave (ligação há muito esperada entre Vieira do Minho, Póvoa de Lanhoso e o litoral, no âmbito da Associação de Municípios do Vale do Ave) e o CampUrbis, projecto da Câmara de Guimarães e da Universidade do Minho que visa tornar a zona de Couros, antigo quarteirão fabril, num campus universitário e num centro de investigação.

Os planos regionais de ordenamento do território definem a estratégia regional de desenvolvimento territorial, integrando as opções estabelecidas a nível nacional e considerando as estratégias municipais de desenvolvimento local.

A elaboração de cada um deles é da competência das Comissões de Coordenação de Desenvolvimento Regional, com o envolvimento da administração central, dos municípios e da sociedade civil.

A ideia da ligação ferroviária entre as duas cidades junta a maioria PS na Câmara de Guimarães e o PSD, que já em 2001 defendia o projecto.

Rui Vítor Costa, vereador social-democrata, reiterou, na última reunião do Executivo Municipal, a proposta de um metro ligeiro de superfície que ligue os principais centros urbanos da região - o quadrilátero Braga-Guimarães-Famalicão-Barcelos.

"Aqui vive meio milhão de pessoas e não faz sentido que não exista uma ligação ferroviária", argumentou.

O PSD instou o presidente da Câmara a "despir a camisola do partido e a vestir a de Guimarães" para exigir ao Governo mais investimentos e lutar contra "o maior centralismo governamental de que há memória desde 1974".

O PSD manifestou-se preocupado face à eventual extinção de serviços, referindo-se aos rumores em torno dos tribunais da Relação e do Trabalho. António Magalhães disse que "Guimarães só não tem sido afectado pela extinção de serviços (a excepção parece ser o estabelecimento prisional) devido à sua dimensão."
in Jornal de Notícias

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