SESSÃO DE AUTÓGRAFOS:
NA 100ª (BRAGA) - 24 DE JANEIRO, 18.30HORAS
NO S. MAMEDE (GUIMARÃES) - 25 DE JANEIRO, 21.30HORAS
"A imagem da capa funde duas fotografias: a mão engelhada de uma pessoa velha e uma parede caiada. Como se a pele daquela mão tivesse a mesma natureza da superfície rugosa daquela parede. Corpo e casa à mercê do tempo, como sinais de uma memória que é sempre o ponto de partida para os textos de José Luís Peixoto. Sejam eles contos, poemas, crónicas ficcionadas ou peças de teatro."
Cal, editado um ano depois do romance Cemitério de Pianos (que acaba de sair em Espanha), é o sexto livro de prosa de Peixoto e reúne 17 contos publicados em jornais e revistas, uma peça levada à cena pelo Teatro Meridional no São Luiz (À Manhã) e três poemas inéditos. Todos com um tema comum: a velhice. Naquilo que tem de belo, de melancólico, de exaltante ou de trágico.
No fundo, o autor juntou textos dispersos que só fazia sentido recuperar pelo facto de serem atravessados por uma unidade temática tão forte. "
José luís Peixoto sempre escreveu bastante sobre a velhice (há velhos em todos os seus romances), porque é “uma idade muito importante e muito subvalorizada”. O seu interesse literário não se centra na velhice em si mesma, com a sua sabedoria, os seus sobressaltos e rituais, “mas mais na passagem entre as várias idades e a forma como se lida com isso.”
Em Cal, à semelhança dos outros livros, os velhos vivem quase sempre num meio rural que José Luís conhece bem, porque viveu até ao fim da adolescência na aldeia de Galveias (concelho de Ponte de Sor). As figuras curvadas que trabalham no campo, mirram de desalento na escuridão das casas, vendem uma burra aos ciganos como quem vai para o cadafalso, ou acreditam que a sua horta de sempre cresce no espaço asséptico de uma enfermaria hospitalar, são muitas vezes decalques exactos de pessoas que o autor conheceu, ou de quem ouviu falar. Nalguns casos, há mesmo nomes reais que assomam às páginas, dando uma dimensão humana fortíssima às histórias, várias delas com um assumido cunho autobiográfico. in centésima.com
NA 100ª (BRAGA) - 24 DE JANEIRO, 18.30HORAS
NO S. MAMEDE (GUIMARÃES) - 25 DE JANEIRO, 21.30HORAS
"A imagem da capa funde duas fotografias: a mão engelhada de uma pessoa velha e uma parede caiada. Como se a pele daquela mão tivesse a mesma natureza da superfície rugosa daquela parede. Corpo e casa à mercê do tempo, como sinais de uma memória que é sempre o ponto de partida para os textos de José Luís Peixoto. Sejam eles contos, poemas, crónicas ficcionadas ou peças de teatro."
Cal, editado um ano depois do romance Cemitério de Pianos (que acaba de sair em Espanha), é o sexto livro de prosa de Peixoto e reúne 17 contos publicados em jornais e revistas, uma peça levada à cena pelo Teatro Meridional no São Luiz (À Manhã) e três poemas inéditos. Todos com um tema comum: a velhice. Naquilo que tem de belo, de melancólico, de exaltante ou de trágico.
No fundo, o autor juntou textos dispersos que só fazia sentido recuperar pelo facto de serem atravessados por uma unidade temática tão forte. "
José luís Peixoto sempre escreveu bastante sobre a velhice (há velhos em todos os seus romances), porque é “uma idade muito importante e muito subvalorizada”. O seu interesse literário não se centra na velhice em si mesma, com a sua sabedoria, os seus sobressaltos e rituais, “mas mais na passagem entre as várias idades e a forma como se lida com isso.”
Em Cal, à semelhança dos outros livros, os velhos vivem quase sempre num meio rural que José Luís conhece bem, porque viveu até ao fim da adolescência na aldeia de Galveias (concelho de Ponte de Sor). As figuras curvadas que trabalham no campo, mirram de desalento na escuridão das casas, vendem uma burra aos ciganos como quem vai para o cadafalso, ou acreditam que a sua horta de sempre cresce no espaço asséptico de uma enfermaria hospitalar, são muitas vezes decalques exactos de pessoas que o autor conheceu, ou de quem ouviu falar. Nalguns casos, há mesmo nomes reais que assomam às páginas, dando uma dimensão humana fortíssima às histórias, várias delas com um assumido cunho autobiográfico. in centésima.com
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