Armindo Pereira faz uma cova na adega para enterrar um dos mais preciosos tesouros de Boticas: o vinho dos mortos. O nome pode até parecer mórbido mas é uma marca da história do concelho.
Segundo o produtor, surgiu durante o período das invasões francesas (1807). Os invasores pilhavam tudo o que viam e os habitantes do concelho decidiram enterrar o vinho nas adegas. Quando o desenterraram, perceberam que “tinha um gás natural que era muito apetitoso”.
Armindo Pereira não sabe explicar o porquê desse gás. Só sabe que as garrafas têm de ficar debaixo de saibro, nas adegas, de meio a um ano, como manda a tradição de há dois séculos.
Por ano, Armindo Pereira enterra entre 1000 a 2000 mil garrafas, consoante a colheita.
Para ele não se trata de um negócio e sim de prazer. Como acontece quando descobre um tesouro, que é quem diz uma garrafa, que julgava que já tinha desenterrado.
“É um vinho muito levezinho, o pessoal gosta dele no Verão, principalmente”, diz orgulhoso, depois de provar a pinga.
Armindo Pereira seguiu a tradição dos pais e avós. Hoje, é das poucas pessoas em Boticas que ainda produz o vinho dos mortos. Será que este palhete, com cerca de 12 graus, vai deixar de jorrar nos copos dos amantes deste néctar?
“Enquanto for vivo, esta tradição não acaba. Eu penso que os meus filhos vão continuar, até porque já estão a aprender”.
Ao mesmo tempo, a Câmara de Boticas está a construir o Repositório do Vinho dos Mortos. Um museu vivo que pretende manter viva a tradição, que alegra a alma dos transmontanos, como Armindo Pereira. in sic
Segundo o produtor, surgiu durante o período das invasões francesas (1807). Os invasores pilhavam tudo o que viam e os habitantes do concelho decidiram enterrar o vinho nas adegas. Quando o desenterraram, perceberam que “tinha um gás natural que era muito apetitoso”.
Armindo Pereira não sabe explicar o porquê desse gás. Só sabe que as garrafas têm de ficar debaixo de saibro, nas adegas, de meio a um ano, como manda a tradição de há dois séculos.
Por ano, Armindo Pereira enterra entre 1000 a 2000 mil garrafas, consoante a colheita.
Para ele não se trata de um negócio e sim de prazer. Como acontece quando descobre um tesouro, que é quem diz uma garrafa, que julgava que já tinha desenterrado.
“É um vinho muito levezinho, o pessoal gosta dele no Verão, principalmente”, diz orgulhoso, depois de provar a pinga.
Armindo Pereira seguiu a tradição dos pais e avós. Hoje, é das poucas pessoas em Boticas que ainda produz o vinho dos mortos. Será que este palhete, com cerca de 12 graus, vai deixar de jorrar nos copos dos amantes deste néctar?
“Enquanto for vivo, esta tradição não acaba. Eu penso que os meus filhos vão continuar, até porque já estão a aprender”.
Ao mesmo tempo, a Câmara de Boticas está a construir o Repositório do Vinho dos Mortos. Um museu vivo que pretende manter viva a tradição, que alegra a alma dos transmontanos, como Armindo Pereira. in sic
Adenda: mais detalhes aqui.
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