23 agosto 2009

Interioridade

É difícil de perceber como, em pleno século XXI e na União Europeia, existem capitais de distrito do nosso país sem linha e estação de comboio. Lembro-me de Bragança: não tem comboio actualmente, embora o tenha tido em pleno funcionamento durante o período de 1906 a 1992. Naquela que é conhecida por Noite do Roubo, as imagens foram evitadas e as telecomunicações cortadas, enquanto se levavam as carruagens embora definitivamente do troço Bragança-Mirandela. Na altura, a Linha do Tua chegaria a Espanha, até à população de Puebla de Sanábria. Muito pior que nada ter, é desprezar, maltratar e destruir infraestruturas. Por cá somos assim, e no que toca à linha férrea, a atitude portuguesa é no mínimo incompreensível. É quase como que, chegar ao Algarve, alcatroar o areal das praias todas e, no final, dizer aos algarvios para morarem lá: amanhem-se com isso!

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