"O Minho precisa de uma nova rede de transportes ferroviários. Os objectivos da reestruturação desta rede passam por garantir: 1) maior facilidade de acesso aos grandes centros urbanos (Porto, Lisboa, Vigo, restante Galiza e Madrid), 2) ligações rápidas entre as principais cidades do Minho e o Aeroporto Internacional Sá Carneiro 3) mais rápida, segura e confortável mobilidade intra-regional.
A nova Rede de Transportes Ferroviários do Minho prevê que o comboio de alta velocidade utilize o corredor da (já existente) Linha de Braga. Esta situação levará a um ainda maior congestionamento da referida linha e dificultará a entrada em funcionamento de ligações directas entre Braga, Barcelos e Viana do Castelo. De qualquer forma, a requalificação da Linha do Minho (pelo menos até Viana) é urgente e necessária. A alta velocidade permitirá chegar, em poucas horas, a Lisboa, Madrid ou Vigo.
A ligação entre Braga e Guimarães por ferrovia (seja por comboio ou metro) deve ser uma prioridade (A). Esta linha aumentará significativamente a mobilidade intra-regional, ligando as duas maiores cidades do Minho e os respectivos campi universitários. A passagem pelo AvePark (Taipas) permitirá corrigir a inexistência de uma saída da A11 para servir aquelas populações e o emergente parque de investigação científica e tecnológica.
A ligação dos principais centros urbanos do Minho ao Aeroporto Sá Carneiro é outra das prioridades. Apesar de começar a perspectivar-se a utilização do Aeródromo de Braga para receber alguns voos internacionais, sobretudo de companhias de Low Cost, o Aeroporto de Pedras Rubras continuará a ser a referência aeroportuária da região Norte. A ligação entre Braga/Guimarães é actualmente possível seguindo de comboio até Campanhã e utilizando, de seguida, o Metro até ao Aeroporto. Em breve, será possível seguir de Metro a partir da Trofa. Estas ligações apresentam vários constrangimentos, sobretudo em termos de tempo dispendido. A solução B1 é a mais dispendiosa: prevê a construção de uma linha de comboio entre Barcelos e Esposende, com ligação a uma extensão da linha de Metro do Porto (a partir da Póvoa de Varzim). A solução B2 é a mais barata, mas elimina Esposende do mapa ferroviário do Minho: aproveitando o corredor já existente, seria reactivada (com algumas alterações) a linha Famalicão-Póvoa, permitindo criar um comboio directo entre Guimarães-Braga-Famalicão-Póvoa. Aqui, os passageiros teriam que seguir de Metro até ao Aeroporto.
A solução B3 tem um custo intermédio e serve melhor as populações de Braga, Guimarães e Famalicão. A construção de uma nova linha entre Famalicão e Pedras Rubras permitiria aos utentes do Aeroporto seguir, directamente, no percurso Guimarães-Braga-Famalicão-Aeroporto.
A mobilidade intra-urbana terá que ser incrementada com a construção da Rede de Metro de Braga (C). O Parque Urbano Norte (que se acredita seja mais que um estádio e uma piscina), a Universidade, o Novo Hospital, as estações ferroviárias, o centro urbano e as áreas residenciais densas deverão ser ligados por esta nova rede. Uma rede que poderia chegar até Guimarães (alternativa à ligação por comboio) e, numa fase mais tardia, poderá ligar Braga a Vila Verde, Amares e Póvoa de Lanhoso.
São ideias para um debate emergente. São projectos que não será possível concretizar brevemente. Mas debater/projectar/idealizar é sempre um contributo positivo."
01 junho 2007
Ferrovia Minhota
Posted by Francisco Rodrigues at 17:32
Labels: desenvolvimento, Grande Área Metropolitana do Minho, transportes
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1 comentário:
No geral gosto mas ha coisas com as quais nao concordo. Um bom texto e um bom conceito para aproveitar e para lembrar a blogosfera minhota!
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