Se há coisa que me agrada nesta festividade minhota de S. João é sair de casa e sentir em todo o lado o perfume da sardinha assada. Quer seja nos bairros da cidade, ou mesmo no centro, ele está presente em todo o lado, e ao longo de vários dias. A confusão das barracas na Avenida da Liberdade, também faz parte deste quadro e como consequência, os peões nessa artéria têm a circulação dificultada; mas por outro lado há sempre a tentação de gastar um "dinheirito" em coisas que, na maioria das vezes, não fazem falta. Nem que seja num manjerico, há sempre uns euros a sair dos bolsos. Entre actuações e desfiles de filarmónicas, cabeçudos e Zés Pereiras, bem como o mar de gente na noite de véspera e o fogo que incendeia o Picoto, há de tudo. Consta que este ano, os santos expostos no Rio Este, foram na enxurrada devido à intermitência deste verão. Os martelões cada vez maiores e mais radicais, bem como alho porro, dispenso-os aos mais destemidos, mas é impossível escapar-lhes... e isso faz parte da festa. Uma das modernices é a guerra das cervejeiras, que inundam a cidade de cartazes numa concorrência sem precedentes - a sardinha quer-se com vinho verde, do garrafão. Longe vão também os anos - que me recordo bem - do fogo preso no Campo da Vinha, na altura em que o caos ainda não estava implantado nessa praça. Actualmente, solta-se o fogo preso no Estádio 1º de Maio, e muito bem, mas tenho pena que esse monumento arquitectónico só encha uma vez por ano.
Em tempo de crise, e mesmo num feriado municipal ao Domingo, há que festejar com a sardinha a escorrer o azeite e as tripas em cima da broa. E que bem que elas sabem!
2 comentários:
E que bem que elas sabem... infelizmente, para mim não há sardinhas...
Mas já há Super Bock. Haja Deus.
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